Joseph O’Neill nasceu na Irlanda em 1964, tem ascendência irlandesa e turca, cresceu na Holanda e vive em Nova Iorque, onde é professor.
Netherland, que ganhou o Prémio Pen/Faulkner em 2009, é um livro triste que, no entanto, termina com uma nota de esperança.
O narrador é um holandês, Hans van den Borek, que vive em Nova Iorque com a sua mulher inglesa, Sara, e o filho Jake. A acção do romance começa pouco depois da destruição das Twin Towers. O apartamento onde esta família vivia, na zona da Tribeca, ficou danificado e eles vivem, agora, provisoriamente, no conhecido Chelsea Hotel.
O medo de mais ataques terroristas fazem com que Sara queira ir viver para Londres, que pensa ser uma cidade mais segura. Hans quer continuar em Nova Iorque. A relação entre o casal deteriora-se.
Hans é um entusiasta de criquet e conhece um imigrante de Trinidade, Chuck, também ele amante daquele desporto. Os dois desenvolvem uma amizade com alguns contornos estranhos.
No final da história, Hans vai para Londres e reconcilia-se com Sara.
O’ Neill não perde tempo com palavras inúteis. O tom do livro é limpo e seco, mas não desprovido de sensibilidade, pelo contrário. Hans chora, tem saudades, por vezes raiva, mas tudo muito comedido, diria, muito “holandês”.
Como diz o crítico do New Yor Times, Dwight Garner, Netherland é “the wittiest, angriest, most exacting and most desolate work of fiction we”™ve yet had about life in New York and London after the World Trade Center fell.”
Gostei.