Depois de ter lido o excelente No País dos Outros, fiquei com curiosidade em ler os restantes romances desta autora franco-marroquina (Rabat, 1981).
Este No Jardim do Ogre não fica atrás. Lê-se de um fí´lego e é difícil parar de ler.
Slimani conta-nos a história de Adéle, uma jovem atraente, que trabalha como jornalista e que é casada com um médico. Apesar de ter uma vida boa, Adéle sente-se insatisfeita e procura a felicidade nas suas aventuras sexuais, arranjando sempre mentiras cada vez mais inverosímeis para enganar o marido que, pelos vistos, não se interessa muito por sexo.
Adélia provém de uma família modesta e tem uma relação conflituosa com a mãe, e indiferente com o pai. Tem vergonha da família.
Richard, o marido, vem de uma família abastada, mas Adéle considera os sogros e os cunhados aborrecidos, enfadonhos. É um suplício passar o Natal em casa deles, mas pior é passar o Ano Novo em casa dos pais.
Vinga-se bebendo muito e fodendo ainda mais, com colegas do jornal, colegas do marido, desconhecidos.
Adéle é possuída pelas suas pulsões sexuais e troca tudo por uma nova aventura, incluindo deixar o seu filho de dois anos, dias seguidos, í guarda de amas.
As situações vão-se complicando ao longo do livro e o desfecho não pode ser bom.
Gostei muito.