Foi com este The Blind Assassin que a canadiana Margaret Atwood venceu o Booker Prize de 2000.
Só agora o li e foi um dos melhores livros que li nos últimos tempos.
A narradora é Iris Chase, uma octogenária com um coração doente que vai recordando a sua vida desde a infância, desde o tempo em que o seu aví´ enriqueceu com fábricas de botões. Depois, veio a Primeira Guerra, a Depressão, a Segunda Grande Guerra e a família Chase vai sofrendo convulsões, dramas e alegrias.
Iris tem uma irmã, Laura, com uma personalidade peculiar – hoje diríamos que seria, talvez, uma Asperger. Logo no início da narração, sabemos que Laura morre num acidente de automóvel, dez dias depois de terminar a Segunda Grande Guerra.
Postumamente, é publicado O Assassino Cego, romance alegadamente escrito por Laura e que é um sucesso instantâneo, mas Iris tem revelações surpreendentes para fazer, no final do livro.
Assim, esta obra de Atwood apresenta a narração de Iris Chase, intercalada com alguns capítulos do livro alegadamente escrito pela irmã e algumas notícias publicadas em jornais da época, relacionadas com a família Chase.
É começar a ler e não querer parar.
Edição Livros do Brasil, tradução de Elsa T. S. Vieira