“O Coração É O íšltimo A Morrer”, de Margaret Atwood (2015)

Mais uma distopia de Margaret Atwood, mas esta não é tão bem conseguida como a famosa História de uma Serva (a sequela será publicada em Portugal ainda este ano).

Neste The Heart Goes Last, Atwood conta a história de Stan e Charmaine que, após a grande crise económica, estão desempregados e vivem no carro, que é o único bem que mantêm.

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Desesperados, tomam conhecimento da Consiliência, uma espécie de cidade-piloto, onde se desenvolve a experiência Positrão.

Nessa cidade experimental, em troca de empregos estáveis, os habitantes aceitam ceder a sua liberdade, mês sim, mês não: num mês, vivem nas suas residências e trabalham nos seus empregos, no mês seguinte, vão para a prisão, onde trabalham gratuitamente, sendo substituídos nos empregos pelo seu cidadão alternante.

A ideia parece-me muito forçada e o desenvolvimento da história ainda mais forçada é, na minha opinião.

Margaret Atwood saíu-se muito bem com a criação da tenebrosa República de Gilead, mas esta Consiliência não me convenceu.

(Edição da Bertrand, tradução de Ana Falcão Bastos e Cláudia Brito)

Outros livros de Margaret Atwood: O Assassino Cego; Grace

3 thoughts on ““O Coração É O íšltimo A Morrer”, de Margaret Atwood (2015)

  1. Bom dia caro colega Dr Artur!

    Ao passar na minha sala peguei casualmente neste tesouro que me acompanha desde os tempos de faculdade de medicina em Coimbra (Memórias de um fumador).

    Decidi finalmente dizer um olá 👋🏻 e agradecer pela inspiração que me acompanhou por muitos anos. Eu e uma minha melhor amiga (médica dentista) muitas vezes celebrávamos ao “…mestre artur” e a “…descoberta da verdade”.

    Ansioso por dar a estas páginas uma terceira leitura. É sempre tao bom de rever.

    Abraço amigo!

      1. Bom dia!

        No meu 4to ano de faculdade em Coimbra na FMUC, em 2009, estava a pesquisar no Google material sobre Psiquiatria, e lembro-me de me ter deparado num seu blog, num post onde o Dr. estava a descrever uma noite onde o seu filhote Pedro estava a gritar, a sua esposa a cuidar dele, e o Dr Artur penso que estava a estudar Psiquiatria.

        Na altura marquei o Post nos meus favoritos, porque adorei a escrita. E depois quando fui explorar melhor o blog, fui lendo os posts das suas memórias, e encontrei um link na aba direita com as suas memórias completas.

        Devorei!! Você é um exemplo para mim. Redactor da RTP, chefe da secção internacional, a tirar medicina e com um filho bebé.

        Já li entretanto o livro Pão com manteiga. Um dos meus escritores preferidos de sempre é Mário Zambujal.

        Obrigado por ter partilhado tanto! Teve muito impacto em mim.

        De momento sou Patologista Clínico em Penafiel, sou casado e vivo no Porto.

        Quem sabe, um dia, agradeço-lhe pessoalmente!

        Um forte abraço, empático e agradecido.

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