Se não fossem estas pequenas histórias que o Diário de Notícias publica, passávamos o verão submersos em swap e outras porcarias.
Eu resumo, para quem não compra o DN:
Estava António Augusto, muito descansadinho, na Rádio Horizonte, em Loures, onde é locutor, quando alguém tocou í campainha.
Augusto foi ver quem era.
Augusto estava sozinho na Rádio Horizonte…
Eram dois jovens açorianos que lhe encostaram uma arma ao corpo e o arrastaram até ao estúdio.
Aí chegados, os dois jovens obrigaram o locutor a ler uma mensagem aos microfones da Rádio Horizonte.
E o que dizia a mensagem.
É o Augusto que fala: «peguei no comunicado e li, mas não recordo de quase nada. Dizia que queriam mudar o mundo. Só somei as letras».
Além de ler a tal mensagem, Augusto foi ainda obrigado a por a tocar o cd “Unidos para mudar”, gravado por um grupo de músicos açorianos, há alguns anos, com o objectivo de angariar fundos para causas sociais.
Antes de ler o comunicado, e sob a ameaça da arma, Augusto telefonou para vários órgãos de informação, avisando que a Rádio Horizonte ia transmitir uma mensagem importante.
Foi um dos órgãos de comunicação (o DN não diz qual) que alertou as autoridades.
Um carro patrulha passou pela Rádio Horizonte e um agente da PSP toucou í campainha.
Um dos sequestradores veio abrir a porta e os agentes da PSP entraram e acabaram com o sequestro, algemando os dois jovens.
Acrescente-se que, afinal, a arma era falsa… e que o comunicado não chegou a ir para o ar porque o microfone estava desligado quando Augusto o leu!
Ditosa pátria que tais filhos teve…