Chamei o doente seguinte. Era um cidadão da China e vinha acompanhado por um cidadão do Bangla Desh.
A ideia era a seguinte: o cidadão da China queixava-se em inglês e o cidadão do Bangla Desh traduzia para português; eu observaria o cidadão da China e, depois, faria a minha prescrição, em português; seguidamente, o cidadão do Bangla Desh traduziria para inglês, de modo a que o cidadão da China percebesse.
Acontece, no entanto, que o inglês do cidadão da China era tão mau que o cidadão do Bangla Desh tinha muita dificuldade em percebê-lo.
Acresce que o português do cidadão do Bangla Desh era, também, tão mau, que eu não entendia nada do que ele me dizia.
Ficámo-nos pelos gestos.
O doente chinês apontou para a garganta e fez um esgar internacional de dor. Com uma espátula, vi-lhe a garganta e fiz uma careta internacional para “isto está feio”.
Enquanto isto, o cidadão do Bangla Desh sorria-se, também internacionalmente.
Depois, foi só passar a receita e explicar como se toma o antibiótico, com o gesto internacional para “de 12 em 12 horas”.
Palavras para quê?…
Um Abraco de Dallas. Gosto muito do seu Website e com esta publicacao
so mostra mais uma vez o estado da globalizacao.
Quando vier outra vez aos US envie um email.
George
Ora aí está outra cidade dos US que eu gostaria de conhecer. Quando aí for, avisarei. Volte sempre ao Coiso…
A unica coisa que achei estranha foi o chinês doente!!! Esses tipos não costumam adoecer pois não??
Os chineses adoecem, porém, não morrem…