A comunicação social anda, novamente, muito entusiasmada com o “caso Freeport”.
Agora, descobriram que um tal Júlio Monteiro, meio irmão da mãe de Sócrates, poderá ter servido como intermediário, entre a empresa inglesa, dona do outlet, e um ministro do governo de Guterres. Untando as mãos desse ministro com 4 milhões de euros, ele teria dado um jeito, no sentido do projecto ser aprovado, o que veio a acontecer, três dias antes de Guterres deixar o pântano.
Ora, sabendo que o ministro responsável pelo estudo de impacto ambiental era José Sócrates, depreende-se que os 4 milhões foram parar aos seus bolsos, o que explica as gravatas giras.
No entanto, se o Júlio Monteiro é meio irmão da mãe de Sócrates, isto significa que é apenas meio tio do primeiro-ministro – logo, só lhe deve ter dado 2 milhões.
Resta saber onde páram os outros 2 milhões.
Aliás, a malta está a especializar-se em fazer desaparecer milhões. Cada dia que passa, descobre-se que desapareceram mais alguns milhões, e nisso, o BPN é perito.
Ora, segundo a teoria de Cadilhe, a culpa não é de quem rouba os milhões, mas de quem tinha obrigação de montar guarda e não deixar que os milhões fossem roubados.
Constâncio foi ao rubro e só não teve um AVC por causa da recessão, que tem mantido tudo em baixo, mesmo a tensão arterial.
Tem alguma graça ver os banqueiros quererem ser independentes, abominarem o Estado e revoltarem-se contra qualquer intromissão na sua actividade e, depois, quando alguma coisa corre mal, irem todos a correr pedir ajuda e gritarem que a culpa é do Banco de Portugal.
Filhos ingratos!
Mas Constâncio devia saber que quem tem filhos, tem cadilhes…