O assunto desta semana foi a lista VIP do fisco.
Para quem andou distraído com as declarações do Ricardo Salgado, os habeas corpus do Sócrates ou optimismo do Cavaco, recordo que os Sindicatos bufaram que existe uma lista de contribuintes VIP; se os funcionários do fisco consultarem os dados fiscais dos tipos que fazem parte dessa lista, toca uma campainha algures, e são apanhados.
Supõe-se que, dessa lista, fariam parte o presidente, o primeiro-ministro e outras figuras de topo.
Segundo os Sindicatos, o secretário de Estado Paulo Núncio seria o responsável pela lista.
Núncio desmentiu.
Passos Coelho disse que mantinha a sua confiança no secretário de Estado.
A ministra das Finanças, superiora hierárquica de Núncio, não se pronuncia porque anda toda contentinha porque tem os cofres cheios!
O director-geral da Autoridade Tributária demite-se e diz que ele é que tem a culpa de tudo mas a Oposição exige a demissão de Núncio.
No Parlamento, Núncio diz que não se demite, não sabia de nada e é “visceralmente contra” a lista.
Estamos, portanto, ao nível das vísceras.
Mas como é que Núncio pode estar contra uma coisa que, pelos vistos, não existe?
E, se existisse, sinceramente, qual era o problema?
Agora, que sabemos, graças í Maria Luís, que temos os cofres cheios de dinheiro, nada mais interessa!
Núncio: se fosse a ti, pegava na lista e pespegava com ela nos jornais todos amanhã de manhã.
Depois, pegava na Maria Luís e nos cofres cheios de dinheiro, e pirava-me para um paraíso fiscal qualquer.
Mandavas o Ricardo Salgado, o Henrique Granadeiro e o Zeinal Bava irem ter contigo, pagavas a um comando para vir libertar o Sócrates e fundavas uma República Portuguesa no exílio.
O Varoufakis ia-se roer de inveja!…