A entrevista de Carlos Queiroz í SIC, ontem, teve momentos de fino recorte literário.
Queiroz disse que está a ser atacado por um polvo ou uma nuvem, o que constitui uma imagem literária digna de outro Queiroz.
Aliás, a nossa selecção, no que respeita a treinadores, passou de um com nome de mestre escola (Scolari), para este, com nome de escritor (Queiroz) e, agora, provisoriamente, para um que tem nome de agência funerária (Funerária Agostinho Oliveira, enterra a selecção inteira).
Voltando í entrevista: o polvo de que Queiroz fala, afinal, não tem nada a ver com a Mafia. Todos nós, quando usamos o termo “polvo”, em sentido figurado, usamo-lo, sempre, relacionado com essa organização italiana com fins lucrativos.
Queiroz, não. Para Queiroz, polvo é sinónimo de nuvem e, no sentido figurado dele, é qualquer coisa que caiu em cima dele, assim que ele chegou de férias.
Ele até disse, especificamente: “quando cheguei de férias, o mundo caiu em cima de mim!”
Exagero, claro.
Queiroz não é assim tão importante, para que o mundo se dê ao trabalho de cair em cima dele.
E se, de facto, o mundo caísse mesmo em cima de Queiroz, ficávamos com o problema resolvido.
Até porque Queiroz disse ao Expresso que da selecção só sairia morto.
Nao gosto nem nunca gostei do Queiroz, mas se eu fosse ele, levava a coisa ate as ultimas.
Unica e simplesmente porque na federação moram um monte de covardes, que nao tem os t….s no sitio para o mandar embora e pagar o que está escrito num contrato por eles redigido.