Notícia do DN de hoje:
«Os militares da Unidade de Controlo Costeiro da GNR apreenderam na passada sexta-feira, “nas imediações” da lota de Póvoa do Varzim, 369 quilos de polvo fresco por declarar».
É o que acontece ao polvo fresco quando não se declara…
Bastava que declarasse: “Nós somos polvo fresco” e os militares da GNR deixavam passar a coisa.
E a notícia continua:
«esta apreensão verificou-se no decurso de uma acção de fiscalização realizada naquele dia por militares do subdestacamento de Controlo Costeiro de Esposende, e que apreenderam o polvo fresco “por fuga í lota”».
Estou a imaginar 369 de quilos de polvo fresco a fugir í lota… todos aqueles tentáculos em movimento e os garbosos militares de Esposende em perseguição do malandro do polvo e ele a fugir-lhes por entre os dedos porque, como se sabe, o polvo é muito escorregadio…
Mas os militares levaram a melhor e explicaram que – voltemos í notícia – «todo o pescado fresco deve obrigatoriamente ser entregue ou leiloado na lota». E quem não o fizer incorre numa “coima de 44 891 euros e a perda do pescado apreendido».
Gosto do preciosismo da coima: 44 891 euros. Não podiam arredondar para 44 900, por exemplo?
De qualquer modo, o polvo acabou preso.
É sempre o polvo quem se lixa!