O PSD é o partido mais português de Portugal: não governa nem se deixa governar – como dizia o general romano, referindo-se aos lusitanos (dizem…).
Desde a sua fundação, em 1974, o PSD já foi liderado por Sá Carneiro, Emídio Guerreiro, Sousa Franco, Menéres Pimental, Pinto Balsemão, Rodrigues dos Santos, Mota Pinto, Rui Machete, Cavaco Silva, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso, Santana Lopes, Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite, Passos Coelho e Rui Rio.
Dezassete líderes em 44 anos, o que dá uma média de 2,5 anos por cada líder!
Um autêntico saco de gatos!
Neste momento, o PSD está mais fragmentado que nunca, com a formação de grupúsculos, fazendo lembrar os pequenos bandos de extrema-esquerda que surgiram no post-25 de Abril.
Lembram-se do PCP (ml), o PC de P (ml), a OCMLP, a LCI, a AOC, a FEC-ml, etc, etc?
Pois o PSD está na mesma: primeiro, foi a Aliança, do Pedro Santana Lopes.
O nome do novo Partido – Aliança – faz lembrar um site de encontros para possível casamento ou o nome de uma nova igreja evangélica, com cultos acompanhados í viola e percussão.
Depois, surgiu o Chega! – um nome que nos remete para sites de defesa do consumidor.
E agora surgiu o MEL – Movimento Europa e Liberdade, liderado por um tipo chamado Marrão, que parece que é chefe de uma série de coisas estrangeiras (real estate sector lider, head of clients and markets, head of innovation and head of marketing, communication and business development – tantas vezes “head”, deve ser por isso que se chama Marrão!…).
Este MEL vai ter a primeira Convenção amanhã e nela participam vários membros do PSD, nomeadamente, Marques Mendes, Pedro Duarte ou Luis Montenegro. Mas também Santana Lopes, Assunção Cristas e Paulo Portas. E ainda outros senhores e senhoras, comentadores da nossa praça e que alinham com esta malta: João Miguel Tavares, Helena Garrido, Helena Matos, João Taborda da Gama – tudo malta que arrota postas de pescada nas televisões, tentando formatar as nossas opiniões.
Diz a insuspeita Manuela Ferreira Leite, sobre esta Convenção do MEL: “Acho que todo este tipo de movimentos que se baseiam em questões de natureza pessoal e muito marcados pela futura próxima constituição de listas para deputados (para o Parlamento Europeu) merecem-me algum desprezo”.
O PSD faz lembrar uma reunião de condóminos: ninguém chega a acordo na importância a pagar í senhora que lava as escadas.
E a senhora que, agora lava as escadas, chama-se Rui Rio, é do Norte, e tem mais de metade do partido contra ele.