Quique Flores está mais magro.
Um ano a treinar o Benfica deixou-o macilento, olhos encovados, mal-encarado, cheio de olheiras, maçãs do rosto salientes. Claro que o facto de ter patilhas compridas, ser moreno e incompetente, também não ajuda…
E ganhou aquele tique de abanar a cabeça e pregar os olhos no chão, passando a mão pelo rosto, como quem diz: “onde é que eu me vim meter! Um clube como este que, em 15 anos, teve 17 treinadores e eu caí na esparrela de vir aqui perder um ano da minha vida!”
É este o tique de Quique.
Por mim, pode ir í sua vida, sem rancores.
Mas só te peço um favor, Quique: leva o Luis Filipe Vieira contigo, pá!
Tem razão Artur. Se calhar o Quique veio-se meter num grande sarilho. Talvez lhe tenha faltado um pouco mais de abertura í s particularidades do nosso futebol, um pouco mais de ousadia em certos momentos, um pouco menos de crença na sorte, mas, sobretudo, mais apoio da sua hierarquia. Alguém deveria ter vindo a terreiro dar o corpo í s balas, pelo Quique e pelos jogadores se o objectivo era fazer um ano de iniciação.
Talvez LFV tenha aqui uma boa hipótese de sair sem degradar demasiado a sua imagem.
O sr. Quique Flores ta e c’uma ressaca como ha muito que nao se via. Foi feito publico recentemente que esse senhor consultou um psicologo espanhol,que o aconselhou a afastar-se do futebol. E prontos, veio para o Benfica….
“Flores para Quique”
É fácil perceber porque Quique Flores não triunfou no futebol português.
O discurso elevado de um estudioso do futebol, o seu “fair-play”, os seus grandes valores morais, a sua forma de estar, não se coadunam com a linguagem brejeira utilizada pelos senhores do futebol cá do burgo onde se misturam compadrios entre políticos, empresários, advogados, jornalistas, árbitros e dirigentes desportivos. Um futebol de calças na mão, endividado, que louva a desonestidade, onde a verdade desportiva é questionada e o campeão é proclamado quase por decreto.
Os métodos inovadores no plano técnico-táctico do espanhol, na pele de um verdadeiro gentleman, amplamente reconhecidos e elogiados no seu país, não foram suficientes para o desvirtuado futebol português que realmente provou desconhecer.
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