“Os Portugueses”, de Barry Hatton

—Barry Haton nasceu em Inglaterra, em 1963, mudou-se para Portugal em 1986, tornou-se correspondente da United Press Internacional, em Lisboa, em 1992 e é correspondente da Associated Press, desde 1997, cobrindo toda a actualidade portuguesa.

Trata-se, portanto, de um jornalista estrangeiro que decidiu estudar Portugal e os portugueses e relatar as suas conclusões neste livro, que não deixa de ser curioso.

Achei, sobretudo, que Haton conseguiu fazer um resumo muito bem feito da História do nosso país e que poderia ajudar muitos dos meus compatriotas a conhecer e perceber os acontecimentos históricos que nos marcaram.

Pena é que, aqui e ali, a língua portuguesa traia o jornalista britânico. Pena, também, que ninguém da editora tenha reparado nesses pequenos erros.

Só dois exemplos.

Na página 131: «(Antero de Quental) iniciou uma brilhante digressão que permaneceria como um dos mais famosos discursos da história portuguesa» – não será “dissertação”, em vez de “digressão”?

Na página 171: «dezenas de milhar de pessoas (…) saíram para o aclamar (a Humberto Delgado) num electrificante comício de campanha no Porto» – não será “electrizante” em vez de “electrificante”?

Passando por cima dessas minudências, o livro lê-se muito bem e é um retrato certeiro de nós todos, com recurso a abundantes citações, desde Mark Twain a Fernando Pessoa.

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