Dou a mão í palmatória: a selecção jogou bem, correu do princípio ao fim e mereceu ganhar í Turquia. Apenas fiquei irritado durante cerca de 10 minutos, depois do golo de Pepe, porque me pareceu que a equipa ia defender o resultado, ao bom estilo Scolari, em vez de procurar marcar um segundo golo. Mas, enfim, o Ronaldo lá meteu a terceira, o Moutinho teve um passe de mestre e o Meireles marcou.
Afinal, não houve banhos turcos, Portugal é que deu um banho í Turquia e o cabeça-de-turco até foi um brasileiro com nome de mexicano.
Esta dos brasileiros naturalizados para jogar futebol, é algo que se está a generalizar. Além do Deco e do Pepe, em Portugal, temos, só neste Europeu, um Aurélio na Turquia, um Kuranyi na Alemanha, um Guerreiro na Polónia e um Senna na Espanha. Todos brasileiros.
E o fenómeno não é só brasileiro. A lista que o Público hoje traz é bem curiosa. Há um albanês (Gercaliu) e um croata (Vastic) na selecção da íustria, um australiano (Simunic), na Croácia, um suíço (Neuville), na Alemanha e um argentino (Camoranesi), na Itália.
Mas, se quisermos ir mais longe, temos um nascido em França (Petit) e outro no Congo (Bosingwa), na selecção portuguesa; um nascido na Bósnia (Jakupovic), um na Costa do Marfim (Djourou), um na Jugoslávia (Bhrami), um em Cabo Verde (Fernandes) e um na Colí´mbia (Vonlanthen), na selecção suíça; na selecção turca, temos dois nascidos na Alemanha (Balta e Altintop), um na França (Erdinç) e outro na Inglaterra (Kazim); na selecção austríaca, ainda temos um nascido na Hungria (Garics) e outro na Alemanha (Arnic); a Croácia tem um nascido na Suíça (Rakitc) e três na Alemanha (Robert e Niko Kovac e Klansnic); a própria Alemanha tem três jogadores nascidos na Polónia (Trochowski, Klose e Podolski) ; Perrotta, da selecção italiana, nasceu em Inglaterra; Vyntra, da Grécia, nasceu na República Checa; Linderoth, da Suécia, nasceu em França; e, finalmente, a selecção francesa conta com dois nascidos no Congo (Makelele e Mandanda), um nos Camarões (Boumsong) e dois no Senegal (Patrick Vieira e Evra).
Portanto, Pepe é português e o resto é conversa!
Aliás, o facto de a Turquia participar no Europeu também é muito discutível – a menos que todos os seus jogadores tivessem nascido para cá do Bósforo. Se nasceram para lá do Estreito, deviam jogar numa competição asiática qualquer.
Europeus ou asiáticos, os turcos não tiveram outro remédio senão atirar a toalha (turca) ao chão e renderem-se.
E agora, é a vez de arrasar os checos!
Já me estou a cagar para isso. Desde que eles joguem que se lixe :P Portugal foi feito de colónias e agora temos muitos imigrantes portanto são todos portugueses e pronto. O pepe sente-se português ele ontem disso isso…
Os menos portugueses de todos são o Quaresma (advento eterno de um grande jogador) e o Nuno Espírito Santo pois são verdadeiros cidadãos do mundo por direito próprio, i.e., ciganos. O resto é benfiquismo que de português só tem o regime:-))