Aquele ministro da lambreta, o Mota, anunciou ontem o PES.
O PES, Plano de Emergência Social, é assim uma espécie de caridade mascarada de medidas sociais.
Uma dessas medidas visa distribuir pelos pobrezinhos doentes, medicamentos que estejam nos últimos seis meses do seu prazo de validade.
E poderemos assistir a cenas como esta:
Mota – Está a ver, amigo, tem aqui três caixas de Sinvastatina que lhe dou eu. Agora, já pode controlar o seu colesterol.
Pobre – Mas eu só tomo um comprimido desses por dia, e o prazo de validade das caixas termina no mês que vem…
Mota – Ora, ora… passa a tomar dois ou três comprimidos por dia! Tem que aproveitar, porque é de borla! E assim até acaba com o colesterol mais depressa!…
Mas… A Sinvastatina já é praticamente gratuita… Ah pois é, há pessoas que são mesmo pobrezinhas e nem 2,5€ para uma embalagem que dá para dois meses têm! É que 2,5€ dá quase para um masso de cigarros e para o pequeno almoço (vulgo ou uma duas minis e uns coiratos, diacho mas isso faz subir o colesterol…)
A Sinvastatina é apenas um exemplo… E acho que “maço” não é com 2 ésses…
Eu percebi. Aliás, devo referir que a observação está bastante boa e pertinente. Mas já agora, e se assim entender, também gostava de saber qual a sua opinião (mais séria) da proposta do Sr. Ministro Mota.
Tem razão quanto ao erro, estava só a ver se estava atento…
É uma proposta populista: parece que é boa ideia e facilmente tem o apoio geral, mas não resolve nada – não é uma medida estrutural, que é o que nós precisamos.
Há uns tempos fizeram um estudo, que deve ter sido bem pago, onde concluiram que a forma de resolver o problema das farmácias e suas dividas, era os utentes pagarem integralmente os medicamentos e depois mandarem os papelinhos para o estado e serem reembolsados.
Solução 2 em 1
– Como grande parte por vezes nem para os comparticipados tem dinheiro, começavam a morrer que nem tordos
– Acabavam as dividas í farmácias e reduziam-se as pensões a pagar
O estudo ficou por ali
Agora outra solução parecida, medicamentos com o prazo a acabar, solução também 2 em 1, despacham-se os monos (alguém os vai pagar claro), e com sorte (do inventor claro), quando tomarem as “pirulas”, pode ser que “batam a bota” com a mezinha
Brilhante como sempre