Durão Barroso não pretende ser candidato í presidência da República mas não faz outra coisa se não aparecer nos telejornais por tudo e por nada.
Há uns dias deu uma entrevista í SIC, que ocupou quase um telejornal inteiro. Um frete do Balsemão, claro…
Nessa entrevista, entre muitas vulgaridades, disse, com aquele ar de cherne cheio de ovas, que tinha chamado o Vitor Constância por três vezes para tentar perceber se o que se dizia sobre o BPN era verdade.
E o Constâncio, moita, disse o Durão.
E o Durão, pergunto eu, o que fez?
Nada, também nada!
Ontem, Durão esteve não sei onde a entregar um cheque chorudo da Comissão Europeia, a fim de ser distribuído por obras sociais.
Escusava de se ter dado ao trabalho, caramba!
Mandava cá um comissário qualquer.
Mas Durão quer aparecer; não é que pretenda ser candidato í presidência, não senhor!
E então, na entrega do tal cheque, Durão resolveu recordar os velhos tempos em que era aluno do Camões, ou seja, quando ainda era um puto, um Durinho…
E disse esta coisa espantosa: no tempo do Estado Novo «apesar de algumas liberdades cortadas, havia na escola uma cultura de mérito, exigência, rigor, disciplina e trabalho».
Claro que havia, Durão!
O que não havia era escola para todos, pá!
Os liceus em Lisboa contavam-se pelos dedos de uma mão e na província, nem se fala! A taxa de analfabetismo era brutal e poucos miúdos passavam da quarta classe, a Universidade era só para uma minoria e os programas escolares escamoteavam factos da História que não interessavam ao regime.
O menino Durinho portou-se mal desta vez!
E como gosta de uma cultura de exigência, vou-lhe dar umas valentes reguadas e pí´-lo no canto da sala com orelhas de burro!
Isso mesmo, chegue-le!