Se, no Euro 2004, Portugal morreu na praia, neste Euro 2008, a selecção morreu a caminho da praia.
O que mais chateia, é a certeza de que não era muito difícil ganhar í Alemanha, se Ronaldo tivesse jogado o que sabe, se Ricardo fosse um guarda-redes como deve ser (e não aquela espécie de herói do Montijo que defende penáltis sem luvas), se Scolari não estivesse já com a cabeça no Chelsea.
A Alemanha, com uma equipa suficiente-mais, mostrou como se fazem as coisas neste tipo de torneios: os jogos preparam-se, estudam-se os adversários, os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. Depois, todos põem em prática a táctica escolhida e comportam-se como uma equipa.
E o que aconteceu a Portugal?
O costume. Falhar nos momentos cruciais, começar a tremelicar depois de cometido o primeiro erro, fazendo com que o segundo erro seja possível e o terceiro, inevitável e, depois, perto do fim, transformar tudo em grande tragédia e culpabilizar a sorte, ou a falta dela, e o árbitro, evidentemente.
Não sei se já repararam que, se Portugal conseguisse o milagre de chegar í final, esta disputar-se-á no dia 29 de Junho – e Scolari começa a trabalhar no Chelsea a 1 de Julho. Ficava sem férias, coitado…
Assim, Scolari já pode ir de férias.
Abramovich nem sabe no que se meteu…
Ouvi dizer que o Scolari ia levar o Ricardo para o Chelsea. Será verdade? Espero que sim, até porque nunca gostei do Chelsea…
Só se for para limpar o balneário…