Ora aqui está uma excelente série da HBO e, talvez, uma das mais bizarras, curiosas e interessantes.
Quem se lembraria de nos contar a história de uma família que explora uma agência funerária?
Lembrou-se um tal Alan Ball que, não satisfeito com a singularidade da ideia, decidiu criar uma galeria de personagens notável: o pai e fundador da agência, já falecido, mas que aparece, por vezes, sempre muito divertido, dando conselhos aos filhos; a mãe, Ruth, uma aparente puritana, ávida de amor, mas com os afectos ligeiramente descoordenados (to say the least); Nate, o filho mais velho, que acabou por ficar a dirigir a agência, por morte do pai, mas tem coisas suficientes que o ralem, nomeadamente, um romance muito conturbado com a Brenda, que tem um irmão com psicose maníaco-depressiva e dois pais psicanalistas e completamente doidos, sendo que Nate acaba por engravidar a Lisa, que mais tarde se suicida; David, o filho mais novo, homossexual assumido, que vive maritalmente com um ex-polícia, mas ambos precisam de um conselheiro matrimonial porque as coisas não correm bem; Claire, a filha acabada de sair da adolescência, completamente fucked up mas que, se calhar, é a que tem as ideias mais “normais” – e mais uma série de figuras ímpares, todas elas especiais.
Nesta terceira série, entra em cena Arthur, um estagiário funerário (se assim se pode chamar), obsessivo e estranhíssimo.
Six Feet é uma daquelas séries que vicia, pelo menos, até esta 3ª série, já que li algures que, as séries subsequentes não terão tido tanto sucesso. Espero para ver.
São todas boas. Espero ansiosamente pela última, que está quase a caminho.
Six feet Under era o meu vício de segunda-feira í noite. Esta última segunda terminou a última série, não foi a melhor, mas até aqui tinha sido tudo tão bom que estão perdoados os autores por um momento menos bom.