“So Beautiful or So What”, de Paul Simon

—Quem sabe nunca esquece – este disco do Paul Simon está ao nível dos melhores.

Mas o que foi, não volta a ser – apesar do disco ser bom, não tem nenhum rasgo que o torne incontornável.

Em 1986, Simon deu um impulso na sua carreira com “Graceland”, confirmando o seu novo estilo, digamos, “afro”, com “Rythm of the Saints”, em 1990.

Nestes dois discos, Paulo Simon fez-se acompanhar por grupos vocais sul-africanos ou conjuntos brasileiros de percussão. Graças a isso, conseguiu um novo som, tipo folk global e marcou, mais uma vez, a cena pop-rock.

Nessa altura, Simon estava com 50 anos. Era um puto…

Em 1997 publicou “Songs from the Capeman”, em 2000, “You’re the One” e, em 2006, “Surprise”.

Ninguém deu por isso.

Agora, com 71 anos!… (momento para todos assimilarmos este facto: Paul Simon já tem 71 anos!)… agora, com 71 anos, Paul Simon lança este “So Beautiful or So What” que, embora não tenha nada de especial, é um disco bem esgalhado.

Começa com um tema contagioso (“Getting Ready for Christmas Day”); ao primeiro acorde, já estamos a bater o pé. Logo a seguir, “The Afterlife” também tem um bom balanço, que se prolonga nas restantes faixas. E sempre com o sabor folk-world-music. A isto não podem ser alheios os músicos que colaboram neste disco e que têm nomes comoVincent Nguini, V.B. Madhusadanan, V. Suresh-Ghatam, Yacouba Sissoko, entre outros.

Vale a pena ouvir.

 

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