Spinum viva!

Era uma vez um primeiro-ministro que tinha um espinho na garganta. Ele não o sentia, mas ele estava lá. E como era advogado e percebia de latim básico, chamava-lhe spinum.

Desculpava-se, dizendo que o espinho era antigo e nada tinha a ver com a sua governação como primeiro-ministro, mas o que era certo é que a Oposição questionava a transparência do primeiro-ministro.

A qualidade da transparência tem destas coisas: a gente via o espinho, à  transparência e o primeiro-ministro, perante essa evidência, tentou passar o espinho para a mulher e, depois, para os filhos, mas o sacana do espinho não se desprendia da sua garganta. O sacana do spinum viva!

Ter um espinho atravessado na garganta pressiona qualquer primeiro-ministro, por mais honesto que seja. Foi então que o primeiro-ministro desta história decidiu levar o caso ao Parlamento, pedindo uma moção de confiança.

Se os partidos votassem a favor da sua moção de confiança, o primeiro-ministro engolia em seco e deixava o espinho lá enfiado no pescoço, mas se os partidos votassem contra, que novas eleições fossem convocadas – que fosse o povo a decidir se o espinho tinha alguma importância nacional ou não.

E tudo isto por causa de um simples spinum!

Viva?…

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