A palavra ponto é uma das mais versáteis da língua portuguesa, tendo em conta os seus múltiplos significados.
Deixando de lado os pontos que fazíamos no liceu, nos anos 50 e 60, e que já passaram de moda, podemos utilizar a palavra ponto na culinária, dizendo que um assado está no ponto, na medicina, suturando uma ferida com pontos, na moda, vestindo-nos de ponto em branco, no teatro, com o ponto a sussurrar as deixas aos actores ou na geografia, enumerando os pontos cardeais.
Com a industrialização, surgiram as fábricas e os operários a picarem o ponto; noutro ramo de actividade, pode dizer-se que uma prostituta que vagueia pela rua, anda ao ponto; não há contador de histórias que não saiba que quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto; todos gostamos do ponto alto de um espectáculo, mas nem todos sabem dar uns pontos numa meia rota, muito menos bordar em ponto de cruz.
Há por aí quem diga que também há um ponto G, e vão-se secando í sua procura, enquanto outros gozam noutros pontos…
Como se sabe, um ponto nunca vem só. Quando vem em grupos de três, diz-se que estamos perante reticências. Outras vezes, acompanhado, temos o ponto e vírgula. E temos o ponto de exclamação e o ponto de interrogação mas, antes do ponto final, ainda restam outros pontos…
O ponto de congelação ou de ebulição, o ponto de rebuçado, o ponto negro que se espreme, o grande ponto que faz rir, o ponteado basófilo para biólogos, o ponto verde para os ecologistas, o ponto de equilíbrio, os pontinhos pequeninos e o Sumo Pontífice.
E depois, há os 6 pontos que o Benfica leva de avanço, claro!
E ponto final, parágrafo!