Um café para Amoo Hadji

Amood Hadji é um aldeão iraniano que, segundo nos informa o Jornal de Notícias, não toma banho há 60 anos!

Hadji tem 80 anos, vive em Dezgah, no sul do Irão, alimenta-se de animais que caça, está coberto de “grossas camadas de crosta na sua pele e barba” e gosta “de fumar charutos feitos com esterco de animais que pastam nas redondezas”.

Diz Hadji que não toma banho desde os 20 ano, “mas não sabe o que o levou a optar por esta vida”.

É aqui que entra o estudo publicado na revista norte-americana Nature Neuroscience, segundo o qual, o consumo de cafeína pode melhorar a memória.

Por isso, toca a obrigar o Hadji a beber umas bicas, a ver se o tipo se lembra por que razão deixou de tomar banho.

E a seguir, mergulha-se o gajo no Golfo Pérsico.

Uma bica contra a demência

Eu não dizia?…

Este fim-de-semana foi divulgado um estudo, realizado por investigadores portugueses e franceses, segundo o qual o consumo moderado de café pode prevenir o aparecimento de perturbações da memória, sobretudo nas mulheres.

Parece, assim, confirmar-se o que já se pensava: o café previne o Alzheimer e a doença de Parkinson.

E mais: pode também ser responsável pelo atraso no aparecimento de diabetes tipo 2, tendo também um efeito positivo na prevenção dos cancros do cólon e da próstata, melhorar os estados depressivos, a atenção, a memória e a concentração – embora, provavelmente, não tudo ao mesmo tempo.

Ora, juntando isto ao que escrevi no post anterior, vamos mas é todos para a praia, apanhar sol, comer sardinhas e beber bicas!

Finca de Mariposas e Café Britt

A Finca de Mariposas fica em La Guacima, na província de Herédia, a cerca de meia hora de San José.

Desta finca partem, para todo o mundo, casulos de mais de 40 espécies de borboletas – e os casulos são surpreendentes, parecendo pequenos objectos de ourivesaria, sobretudos os das Morpheus e os das Monarcas.

No jardim, todo coberto de rede, as borboletas voam por todo o lado e põem os ovos em plantas preferidas (cada espécie tem a sua planta); os ovos são recolhidos diariamente e colocados numa espécie de maternidade/infantário, onde se acompanham as diversas fases da vida de uma borboleta.

Numa salaao lado, mulheres procedem í  escolha dos casulos – só os melhores servem para exportação.

A Costa Rica tem mais de mil espécies de borboletas, mais do que todo o continente africano.

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No Café Britt, a visita é conduzida por três actores que nos contam a história do café, desde a semente í  chávena.

A visita começa na quinta, junto aos cafezeiros, mas acaba num pequeno anfiteatro, onde os actores contam um pouco a história do café, desde que foi descoberto, na Etiópia, até á sua introdução nas grandes cortes europeias e, depois, a sua chegada í  Costa Rica. Interessante e divertido.

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Do Arenal a Monteverde

Pode ir-se do Arenal até Montever, começando por atravessar o lago Arenal, de bote, o que demora cerca de uma hora.

Com o vulcão pelas costas e Monteverde em frente, a transição de uma paisagem para outra é evidente.

As encostas de Monteverde parecem de veludo verde.

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Depois da travessia do lago, segue-se um percurso de hora e meia por estrada de terra batida, com muitas pedras soltas, subindo e descendo, com um manto verde de cada lado da estrada.

O almoço, no Fonda Vella Hotel, foi casado.

Casado é o prato típico da Costa Rica e é composto por frango, ou vaca ou peixe e, a acompanhar, tudo: arroz, feijão, plátano, ovo, tomate, cebola, palmito, tortilla, queijo, etc.

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Em Monteverde também se cultiva bom café.

Na quinta Don Juan, podemos ver, novamente, todas as fases do processo e ver, por exemplo, como se extraía, antigamente, o açúcar da cana, espremendo-a num torno, movido por uma parelha de bois.

A planta do café é, sem dúvida, a estrela da Costa Rica.

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O café Doka, Grécia e Sarchi

Na Costa Rica só se cultiva o café de melhor qualidade. A planta, chamada coffea arabica, originária da Etiópia, foi introduzida no país em 1779.

A partir de 1830 e durante cerca de um século, o café foi a principal exportação da Costa Rica e proporcionou o desenvolvimento do país, a construção de muitos edifícios e do caminho de ferro.

As terras montanhosas, quentes e húmidas, da Costa Rica são excelentes para o cultivo do café arábico.

Nas terras altas centrais do país, mais de mil km2 são dedicados ao café.

A Doka é uma quinta onde se cultiva café há mais de 70 anos. Situada em Alajuela, perto de S. José, oferece a possibilidade de conhecermos todos os passos da produção do café, desde a planta até í  chávena, passando pela secagem dos grãos, ao sol.

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Depois de se visitar a quinta, ainda há tempo para ver o borboletário e espantamro-nos com dezenas de borboletas. A Costa Rica tem mais de 1250 espécies de borboletas.

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Grécia é uma pequena cidade fundada em 1864, nos arredores de San José e que se destaca por possuir uma igreja toda feita em chapas prefabricadas de aço, cor de ferrugem. A sua construção foi inspirada pela torre Eiffel.

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Sarchi é famosa pelo seu mobiliário de madeira e, sobretudo, pelas carroças profusamente decoradas. Hoje em dia, estas carroças já não são utilizadas no dia-a-dia, mas mantém-se a tradição e há desfiles todos os anos, com eleição da carroça mais bonita.

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Vale a pena visitar o Taller Eloy Alfaro, uma oficina muito antiga, onde estas carroças continuam a ser feitas como antigamente. Todas as máquinas da oficina (berbequins, serras, etc) são movidas pela força motriz da água, através de uma nora.

Mamas pequenas e tomates roxos

Olha que dois estudos tão interessantes!

O primeiro, realizado na Suécia, chega í  conclusão que o consumo de café em excesso pode provocar a diminuição dos seios das mulheres.

Segundo os investigadores, o café interfere com os estrogénios, interferindo, assim, no tamanho das maminhas.

Portanto: atenção mamalhudas! Para quê gastar rios de dinheiro nas Clínicas espanholas de cirurgia plástica. Não é preciso cirurgia de redução mamária – basta que bebam quilolitros de café todos os dias!

O segundo estudo vem da Grã-Bretanha. Cientistas britânicos criaram uma variedade de tomate, de cor roxa, que poderá ajudar a prevenir o cancro.

Os cientistas incorporaram nos tomates genes da planta boca-do-dragão, conhecida por ser rica em antocianina, um pigmento antioxidante, com propriedades anticancerígenas.

A antocianina acumulou-se nos frutos do tomateiro em níveis muito altos, dando a cor roxa í  pele e polpa dos tomates.

Depois, os maquiavélicos cientistas, deram tomates roxos a ratinhos predispostos para o cancro e muitos destes não desenvolveram cancro, ao contrário dos que comeram tomates vermelhos.

Em resumo: os tomates roxos podem prevenir o cancro.

Portanto, toca a dar pontapés nos tomates uns dos outros, até que fiquem roxos!