Há uns tempos, a Maria João dizia ao Pedro, no Facebook, a propósito do Census, que achava estranho Benfica não aparecer em Religião.
E o Pedro respondeu que Benfica não é Religião, mas sim nacionalidade.
É bem verdade: o Benfica confunde-se com a Nação.
É por isso que é estranho que o campeonato nacional seja ganho por um clube regional.
Mas enfim… Campeão é sinónimo de Benfica ou, por outras palavras, no que respeita ao Benfica, “campeão” é um adjectivo – porque Benfica é, e será sempre, substantivo!
Só que, por vezes, o Benfica decide não exercer a sua qualidade de campeão, como aconteceu este ano.
Do alto da sua magnanimidade, o Benfica deixa, por vezes, que outros pequenos clubes usem as faixas de campeões.
Aconteceu ontem, na Luz, com aquele clube com a camisola í s riscas.
E tão felizes que eles ficaram, pobrezinhos!…
Depois, a luz apagou-se na Luz. Porquê?! Perguntaram os tipos das riscas.
Enfim, como disse alguém: Jesus era carpinteiro, não era electricista…
Desligaram-se as luzes e ligaram-se os aspersores.
Como disse o Pedro: foi pena que, em vez de água, não tivesse saído alcatrão. Depois, era só cobri-los de penas… de águia…
Ou talvez fosse um desperdício…
Hoje í noite, o telejornal mostrou imagens dos adeptos do Porto a festejarem a vitória, um pouco por todo o mundo: muitos adeptos na cidade do Porto, três tipos em Bruxelas, cinco em Genebra, dois em Luanda… e, assim de repente, não me lembro de mais nada.
Tristes campeões em tempos de crise!…