Conheci Cormac McCarthy com A Estrada (2006) e fiquei logo adepto da sua escrita.
Logo a seguir, o nome deste escritor norte-americano foi muito badalado graças ao filme dos irmãos Coen Este País Não É Para Velhos.
Li o livro primeiro e confesso que, tanto o livro como o filme me desiludiram um pouco. Já escrevi porquê.
Posteriormente, li Filho de Deus (1973) e Suttree (1979) e o quadro começou a compor-se.
Cormac McCarhty nasceu em 1933, mas vive há muitos anos no Texas, em Santa Fé e os seus livros são, no fundo, livros de cowboys.
Este Belos Cavalos (All The Pretty Horses) é claramente um western, embora a acção decorra na segunda metade do século 20.
O herói é John Grady Cole, um jovem adolescente que ainda não completou 17 anos mas tem a maturidade de um homem feito, graças í vida dura que leva.
John Grady passa praticamente todo o livro em cima de um cavalo, excepto durante o período em que está preso numa miserável prisão mexicana.
Grady e um amigo decidem deixar a sua terra natal e cavalgar até ao México, onde arranjam trabalho como domadores de cavalos selvagens. Depois, tudo lhes acontece.
No final, qual poor and lonesome cowboy, John Grady despede-se do amigo e vai-se embora, em direcção ao horizonte.
«Onde fica a tua terra? perguntou
Não sei, disse John Grady. Não sei onde fica. Não sei o que acontece í s terras.
Rawlins não respondeu.
Até í vista, parceiro, despediu-se John Grady.
Seja, até í vista.
Ficou ali de pé, a segurar o cavalo enquanto o cavaleiro dava meia volta e viu-o trotar para longe e mergulhar aos poucos na linha do horizonte.»
Gostei.