Foi por causa de um PEC, o Quarto, que Sócrates foi í vida.
Toda a Oposição, da esquerda í direita, achou que bastava de Peques e que era preferível levar com a troika.
Imagino que alguns já devem estar arrependidos…
Mas, enfim… os mercados é quem mais ordena e os liberais do PSD ganharam as eleições.
Foi o que se tem visto.
E agora, afinal, parece que o governo do Passos vai levar um novo PEC a Bruxelas, já na próxima segunda-feira.
O cinzentão do Seguro indignou-se, embora morigeradamente e, no debate quinzenal do Parlamento, disse «O senhor escolheu o caminho, desejo-lhe boa viagem, mas vai sozinho, porque o PS não assina de cruz nenhum documento para ser entregue em Bruxelas sem ser discutido com o PS».
Seguro até parecia um líder da Oposição a sério!…
Mas Passos trocou as voltas a Seguro e argumentou: «o governo, estando o país sob assistência financeira, está dispensado de apresentar o Programa de Estabilidade e Crescimento».
O que o governo vai apresentar a Bruxelas é o Documento de Estratégia Orçamental (DEO), com o cenário macroeconómico e o programa plurianual das despesas do Estado até 2016.
Esclarecidos?
Talvez.
Mas então, por que raio o Vitor Gaspar disse, na véspera, que o PEC e o DEO iriam ser enviados ao Parlamento, para actualização, acrescentando que «os documentos serão submetidos í Assembleia da República na próxima segunda-feira, e esses documentos serão enviados imediatamente a seguir, como documentos de trabalho, para a Comissão Europeia e restantes instituições integrantes da troika”.
Afinal, em que ficamos?
Há ou não há PEC – ou estaremos perante mais um lapso do Gaspar, como aquele em que disse que não haveria subsídios de natal e de férias durante dois anos quando, afinal, é para sempre?
Perante isto, o que apetece?
O barrigudo do Proença da UGT diz hoje, no Expresso, que, afinal, nós, portugueses, não somos assim tão mansos – até já matámos um rei!
Não sei do que estamos í espera, porra!