De Donna Tartt já tinha lido o aclamado O Pintassilgo, editado há três anos.
Este História Secreta foi o primeiro romance que Tartt publicou e trata-se de uma história estranha, sobretudo devido aos personagens.
A história, que se pretende secreta, é narrada por Richard, um estudante de ascendência modesta, que consegue uma bolsa para estudar na Universidade de Hampden. Aí, conhece e junta-se a um grupo de estudantes provenientes de famílias abastadas que estudam sob a influência de um carismático professor de Estudos Clássicos.
Esse grupo de alunos é tudo menos banal: são quatro rapazes e uma rapariga que vivem num mundo í parte, quase num universo paralelo, muito influenciados pela cultura grega e pelos princípios de honra, obediência, compaixão, lealdade e sacrifício.
Para além das aulas muito pouco ortodoxas com o tal professor, o grupo apenas se interessa por outra coisa: álcool. Penso que os protagonistas passam mais metade do livro bêbados ou a caminho. Também fumam muito e, uma vez por outra, tomam drogas.
Embora nunca seja referido em que época se passa esta história, percebe-se que será mais ou menos nos anos 90 do século passado; no entanto, embora se fale uma ou duas vezes em computadores portáteis, os estudantes fazem os seus trabalhos em máquinas de escrever.
As experiências mais ou menos esotéricas que o grupo leva a cabo, no sentido de se aproximarem o mais possível do hábitos da cultura helénica, acabam por levar a uma morte acidental, facto que altera completamente a vida destes jovens.
Um romance estranho, que nos capta a atenção, mesmo quando, aparentemente, não se passa nada.