Não os prendam todos, por favor!

Ora bem, o Sócrates já lá está há uns meses e o Vara foi agora, embora com pulseira.

Mas, cada pedra que se levanta, parece ter um lacrau lá por baixo.

Em Portugal e no Brasil.

Por cá é a Operação Marquês, lá é o Lava Jato.

E, ao lavar-se o jato, surge o nome de Lula da Silva.

Que veio a Portugal, ajudar a lançar o livro de Sócrates, a convite da construtora Odebrecht.

Esta construtora está em Portugal há mais de 20 anos e participou em inúmeras grandes obras, como a barragem do Alqueva, a Gare do Oriente ou a Ponte Vasco da Gama, atravessando os governos de Cavaco Silva, Guterres, Durão Barroso…

Diz o DN que a Odebrecht também trocou telegramas com Passos Coelho (http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4688510).

Por favor, não os prendam todos, que eu não estou disponível para governar esta merda!

cavaco lula

Quando Durão era Durinho

Durão Barroso não pretende ser candidato í  presidência da República mas não faz outra coisa se não aparecer nos telejornais por tudo e por nada.

Há uns dias deu uma entrevista í  SIC, que ocupou quase um telejornal inteiro. Um frete do Balsemão, claro…

Nessa entrevista, entre muitas vulgaridades, disse, com aquele ar de cherne cheio de ovas, que tinha chamado o Vitor Constância por três vezes para tentar perceber se o que se dizia sobre o BPN era verdade.

E o Constâncio, moita, disse o Durão.

E o Durão, pergunto eu, o que fez?

Nada, também nada!

Ontem, Durão esteve não sei onde a entregar um cheque chorudo da Comissão Europeia, a fim de ser distribuído por obras sociais.

Escusava de se ter dado ao trabalho, caramba!

Mandava cá um comissário qualquer.

Mas Durão quer aparecer; não é que pretenda ser candidato í  presidência, não senhor!

E então, na entrega do tal cheque, Durão resolveu recordar os velhos tempos em que era aluno do Camões, ou seja, quando ainda era um puto, um Durinho…

E disse esta coisa espantosa: no tempo do Estado Novo «apesar de algumas liberdades cortadas, havia na escola uma cultura de mérito, exigência, rigor, disciplina e trabalho».

Claro que havia, Durão!

O que não havia era escola para todos, pá!

Os liceus em Lisboa contavam-se pelos dedos de uma mão e na província, nem se fala! A taxa de analfabetismo era brutal e poucos miúdos passavam da quarta classe, a Universidade era só para uma minoria e os programas escolares escamoteavam factos da História que não interessavam ao regime.

O menino Durinho portou-se mal desta vez!

E como gosta de uma cultura de exigência, vou-lhe dar umas valentes reguadas e pí´-lo no canto da sala com orelhas de burro!

durao barroso

Não esquecer que o Portas faz parte deste governo

portas_barroso Continua a tentar passar entre os pingos da chuva.

Ainda esta semana, fez uma prelecção perante uma plateia de especialistas, em que deu uma série de ideias para a dinamização da economia portuguesa.

Por momentos, parecia um ministro da Economia.

Pena que ele não dê tantas ideias no conselho de ministros.

Ao seu lado, outro gajo que não tem nada a ver com a nossa crise: Durão Barroso.

Lembram-se que ambos fizeram parte de uma coligação governamental em 2002-2004?

Mas ambos estão inocentes, claro.

Temos cá uma sorte!…