eleições
Mas afinal, quem ganhou as eleições?
Olhando para os jornais, assim de repente, até parece que foi o Paulo Portas!…
E, afinal, o CDS não teve mais do que 10% dos votos, o que corresponde a 21 deputados. Quer dizer que o Partido do táxi vai ter que comprar um mini-bus.
Mas 10% é uma miséria! Se o estádio da Luz estiver cheio, com 60 mil pessoas (e isso, agora, é cada vez mais frequente…) apenas 60Â terão votado no Portas, considerando que as crianças até aos 18 anos não votam, mas gostam muito do Benfica…
Ridículo!
Então, se não foi o Portas que ganhou, parece que terá sido o Louçã, o que ainda é mais ridículo, pois o Bloco nem sequer chegou aos 10%!
É preciso contar mais de 90 portugueses para encontrar o primeiro que tenha votado no Bloco.
Insignificante!
No que respeita ao PCP, já se sabe que ganha sempre, ou porque tem mais votos, ou porque os votos são mais bonitos, ou porque teve mais jovens a votar ou porque o Jerónimo sua mais que os outros candidatos.
Mas – 7%?!
Tenham dó!
Portanto, quem ganhou as eleições, com 36% dos votos, foi o Sócrates!
Sem espinhas!
Agora tem é que fazer alianças e nisso os políticos portugueses são muito esquisitos.
Ainda há pouco tempo, na Noruega, três partidos de esquerda, incluindo comunistas, se coligaram para formar um governo maioritário.
Ontem mesmo, a Angela Merkel ganhou as eleições, mas vai governar coligada com o Partido Liberal – mas também podia ser com o SPD, só que estes tiveram um resultado miserável.
Em Portugal, não.
O Louçã já disse que, com o Sócrates, nunca!
O Manuel Alegre já disse que coligações, só com a esquerda!
Mas se o Louçã não quer o Sócrates e p o Sócrates é que ganhou as eleições, coligações í esquerda, só se fí´r com o Jerónimo.
Mas com o Jerónimo não chega para formar governo maioritário…
Nesse caso, mais vale o PS formar um governo minoritário e governar sozinho.
Está-se mesmo a ver que vamos ter que aturar o Portas no governo, outra vez.
Se eu fosse ao Sócrates, dava, ao CDS, as pastas da Agricultura, da Segurança Social e da Educação.
Sempre gostava de ver ministros do CDS a distribuir subsídios pelos agricultores, a cortar com o rendimento mínimo aos ciganos e a avaliar professores!…
Faz isso, Sócrates… não és homem, não és nada!…
Dia de reflexão
Há uns anos, havia uma frase feita que classificava a nossa democracia como “a jovem democracia portuguesa”.
Portugal só é uma democracia desde abril de 1974 e, comparativamente com a Inglaterra, a França ou os Estados Unidos, há-de ser, sempre uma mais jovem democracia.
No entanto, 35 anos depois do 25 de Abril, o chamado dia de reflexão, em que os partidos não podem fazer campanha e os órgãos de comunicação social não podem falar disso, faz cada vez menos sentido.
De certeza que, na net, dezenas, centenas de blogs estão a ser actualizados com posts sobre as eleições, dizendo, claramente, a intenção de voto dos seus autores.
Eu, no meu caso, vou votar no PS, como fiz há 4 anos, porque defendo o Serviço Nacional de Saúde e o PS tem uma ideia boa para a sua reforma, através das Unidades de Saúde Familiares, por causa do ensino de inglês na instrução primária, pelos 12 anos de escola obrigatória, pela aprovação da lei do aborto, pelo complemento solidário para idosos, pelo cheque-dentista, pelos medicamentos genéricos gratuitos para os reformados com complemento solidário, pelo programa Novas Oportunidades, pela distribuição do Magalhães, apesar dos erros, pelo complemento para grávidas, pela informatização de todos os centros de saúde, etc, etc.
Todas estas políticas compensam, largamente, os erros cometidos – e quanto í história da arrogância, do medo e do autoritarismo, tenham paciência, mas já dei para esse peditório.
Pensei, por momentos, na Manuela Ferreira Leite como primeiro-ministro e ia tendo um enfarto.
O Paulo Portas é postiço e não merece mais que um bocejo.
O Jerónimo de Sousa cheira a bafio e só se mantém porque Portugal teve um líder comunista chamado Cunhal e um ditador chamado Salazar.
Quanto ao Louçã, é o mais perigoso de todos eles. É um moralista de esquerda, um conservador encapotado, um defensor de propostas de ruptura, que não usa gravata mas que, enfim, até nem se importaria de fazer parte de um governo burguês, quem sabe para corroer o sistema por dentro (ah! ah! ah!).
Portanto, Sócrates, apesar de já ter gostado mais de ti, podes contar com o meu voto amanhã.
Manuela merdosa, perdão, medrosa!
A D. Manuela está com medo de viver em Portugal. Diz que Sócrates asfixiou o país, acabou com um jornal televisivo, pressionou um director de jornal e até anda a escutar o que diz o Presidente.
A D. Manuela, transida de medo, diz que todos os funcionários públicos, os que trabalham nas escolas e nos hospitais sabem que têm que ter cuidado com a língua porque podem estar a ser escutados por alguém ligado ao Governo, que logo fará deles queixa ao Sócrates.
A D. Manuela que, obviamente, está já na fase do delírio democrático, diz:
“Não aceito viver num país onde um director de jornal suspeita que está sob vigilância”.
Percebemos perfeitamente.
D. Manuela: faça favor de se mudar, por exemplo, para a Eslovénia.
Obrigado.
A padeira de Aljubarrota
A D. Manuela não quer nada com os espanhóis!
A D. Manuela é uma nova padeira de Aljubarrota, correndo com os castelhanos í pazada!
A D. Manuela quer-nos manter aqui, neste cantinho, longe de tudo e de todos.
Pobres, mas honrados!
A D. Manuela já não tem idade para fazer figuras destas.
Faça o favor de se retirar.
Obrigado.
Manuela asfixiada
A D. Manuela inventou a “asfixia democrática”.
Segundo ela, no Continente, as pessoas têm medo de exprimir as suas opiniões porque podem colocar em risco os seus empregos. Pelo contrário, na Madeira, é o Paraíso democrático.
Ontem, até o Paulinho das feiras lhe chamou a atenção para o facto de um debate como o que estava a decorrer entre ambos, seria impossível na Madeira.
A D. Manuela acha que não. Que na Madeira é que se pratica a verdadeira democracia.
E porquê?
Porque, diz ela, Alberto João Jardim “é eleito há muitos anos, por voto secreto e com maiorias sempre crescentes”.
í“ D. Manuela – isso também o Saddam Hussein, que era sempre eleito por 99% dos eleitores, e o Nyyazov, que foi presidente do Turquemenistão entre 1991 e 2006, e ainda o Karimov, que é presidente do Uzbequistão desde 1991, e o Kadhaffi, que está no poder desde a Idade Média!
Todos com maiorias sempre crescentes!
E ai de quem não votar neles!
D. Manuela, a senhora está-me a descair – eu pensei que fosse uma política inteligente e digna e, afinal, a senhora é trapalhona, pouco séria nos argumentos e já deu provas, em anteriores legislaturas, quer como ministra da Educação, quer como ministra das Finanças, de ter muito pouca abertura democrática.
Portanto, se sente asfixiada, sugiro-lhe Ventilan – 1 a 2 inalações de 8/8 horas e consulte um pneumologista.
As melhoras…
Há Manelas e Manuelas…
A Sra. Dona Manuela Ferreira Leite, actual líder do PSD, não tem nada a ver com uma outra Manela, com o mesmo apelido, que, em tempos, foi Ministra da Educação.
A Sra. Dona Manuela Ferreira Leite é uma Senhora, com ésse grande, muito bem maquilhada, vestida de modo sóbrio mas elegante, com o cabelo irrepreensivelmente arranjado, que nada tem a ver com a tal Manela, a quem um grupo de estudantes mostrou os rabos, onde estava escrita a palavra de ordem: “Não pagamos!”
A Sra. Dona Manuela Ferreira Leite é muito acarinhada pelos jornalistas, que lhe fazem perguntas a propósito, que a fotografam em ângulos favoráveis, que a tratam como se ela já fosse primeira-ministra e não tem nada a ver com a Manela, a que também foi ministra das Finanças e inventou os pagamentos especial por conta, alinhou com a subida do IVA, congelou os salários da função pública e se obstinou com o déficit.
A Sra. Dona Manuela Ferreira Leite só fala quando acha que tem algo para dizer, é detentora da Verdade e vai fazer-nos, a todos, muito felizes e prósperos, nada tendo a ver com a outra Manela, conservadora, retrógrada que, até no próprio partido, apenas conseguiu um terço dos votos.
Portanto, há que não confundir a Dona Manuela com a Manela e não votar em nenhuma delas!
Mamarracho
Numa rotunda, no Monte de Caparica, onde havia um verdejante relvado com algumas árvores já frondosas, ergue-se agora o Mamarracho.
É um incrível monumento ao operário da construção naval.
Quase indescritível: no centro, parece haver a proa de um navio em construção, depois, uns carris sulcam o chão, cheio de cascalho; mais atrás, um guindaste; num dos cantos, três hélices no topo de umas estacas; noutro canto, uma hélice maior, em cima de um cubo de cimento.
Tudo cor de ferrugem, feio, agreste.
Mamarracho!
Ainda não foi inaugurado.
A Maria Emilia de Sousa, presidente da Câmara de Almada desde a Idade Média (que exagero! Desde a 1ª República…), deve estar í espera da campanha eleitoral das autárquicas para inaugurar o Mamarracho.
Só por isto devia perder as eleições!
Quadrilhice
Em qualquer país dito civilizado, se houvesse a suspeição de que o Governo estava a espiar o Presidente, instalar-se-ia a crise entre os órgãos de soberania.
Em Portugal, é apenas mais um “fait divers”, uma tontice de verão, uma coisa sem importância – de tal modo que o Presidente, que ameaçou falar ao país se algo de muito grave se passar antes das eleições, até se dá ao luxo de ignorar o assunto.
E, afinal, o que se diz é que os seus assessores (com 5 ésses!) estão a ser espiados por facínoras, a mando de Sócrates.
Conversa de porteiras!
Quadrilheiras!
Está visto que os gajos do PS estão í rasca: querem conhecer o programa eleitoral do PSD, para poderem contra-atacar e, como a Manela não se descai, eles estão í brocha.
Pobres coitados!
Será que eles ainda não perceberam como vai ser o programa do PSD?
É que é tão simples. O programa eleitoral do PSD é curto e incisivo e divide-se em dois pontos:
1º A Manela vai ser primeira-ministra;
2º Depois, logo se vê.
Quanto a Cavaco, é vê-lo encher balões, pastar caracóis, encher pneus, pisar ovos, encher chouriços, ver navios, contar carneiros, olhar para o ar e sair de cena como o presidente que menos marcas deixou na História de Portugal, embora tenha conseguido evitar a eminente independência dos Açores…
Zangam-se as comadres…
O eminente político, autarca, ex-inspector da PJ, criminalista, comentador-tipo-nuno-rogeiro-mas-com-bronquite, autor de telenovelas, escritor e tudo, Moita Flores…
(não acham que falta aqui qualquer coisa neste nome? não deveria ser Moita de Flores?…)
…está muito zangado com Manuela Ferreira Leite. A líder do PSD tirou Miguel Relvas do lugar de cabeça de lista por Santarém, em detrimento de Pacheco Pereira.
(Pacheco é aquele senhor barbudo, com elevado perímetro abdominal, corpo de pêra, favorável ao aparecimento de diabetes, com uma biblioteca riquíssima, que já foi militante do MRPP – que quer dizer Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado – ah! ah! ah! -, que escreveu uma biografia não autorizada de ílvaro Cunhal, que participa em debates há décadas, dizendo como os políticos se deviam comportar e que, agora, aceita ser deputado por Santarém, borrifando-se nas distritais do seu partido e esquecendo-se que recebeu um subsídio por já ter sido deputado…)
Enfim, eu diria apenas uma coisa í Dona Manuela: deixe a política para quem tem jeito para a coisa e dedique-se aos netos; não faça de conta que tem fibra para vir a ser primeira-ministra quando não consegue, sequer, dirigir o seu próprio partido.
Olhe que o Prof. Cavaco está cheio de vontade de ocupar o seu lugar. Pelo menos, parece…