Quando andava na escola, no início dos anos 60 do século passado (bah!), os miúdos que davam erros de ortografia eram apelidados de “burros”.
Hoje em dia, deve ser proibido chamar os bois pelos nomes e os professores talvez possam dizer que um aluno que dá erros ortográficos é uma criança normal e que o aluno que não dá erros ortográficos deve ter alguma perturbação do espectro autista.
Há bem pouco tempo, os jornalistas insurgiram-se contra o facto do computador Magalhães ter um conteúdo qualquer cheio de erros ortográficos.
De facto, é inaceitável.
Assim como é inaceitável que os jornalistas dêem erros ortográficos constantemente.
Dois exemplos recentes:
Na TVI, entrevista da inacreditável Manuela Moura Guedes (será que alguém esteve muito tempo sentado na cara dela?) a Carlos Queiroz.
Em rodapé, podia ler-se: “eu não quero estrelas que fassam fumo, quero estrelas que fassam fogo”.
O Queiroz, além de ser mau treinador, agora fala com erros ortográficos!
“Fassam”? Do verbo fasser?
Tem vergonha nessa cara espalmada, Manuela!
Outro exemplo está aqui ao lado. É uma pequena notícia, no suplemento Actual do Expresso de ontem.
Ficamos a saber que o artista brasileiro, de nome Lenine, “trás” o seu novo disco ao Porto e a Lisboa.
Não será a Trás-os-Montes?
Ou será por trás de Lisboa e do Porto?
Será trás do verbo traser?
Tem vergonha, Henrique Monteiro!