Trumpados

Com a vitória de Trump nas eleições presidenciais norte-americanos, inventou-se um novo adjectivo, trumpado e um novo verbo, trumpar.

Assim ficarão os yankees a partir de 4 de janeiro de 2025: trumpados.

E mais trumpados vão ficando, à medida que são conhecidos os nomes para os membros do governo de Trump.

Começou com Elon Musk, que foi nomeado para dirigir uma espécie de secretaria para despedir funcionários públicos, e continuou com aquele apresentador da Fox News para secretário das coisas relacionadas com a Defesa, e mais aquela miúda que também trabalha na televisão e será a porta-voz e por aí fora.

Mas, para mim, a escolha mais surpreendente será a de Robert Kennedy Júnior para secretário da Saúde.

É que este Kennedy vai trumpar completamente a saúde dos norte-americanos. É que a criatura é contra as vacinas e a favor do leite cru. Vi um excerto de uma entrevista em que ele falava contra o facto de haver 79 vacinas obrigatórias. Dizia que as vacinas obrigatórias eram 77, mas, com as da gripe e as do covid, passaram a ser 79. Onde raio é que este tipo foi buscar este número de vacinas obrigatórias?!

Quanto ao leite cru, a coisa ainda é mais estranha.

Será que Kennedy quer que os americanos passem a beber leite directamente das tetas das vacas e das cabras?

Estão bem trumpados, estes yankees!…

Melania infectou Trump

Foi ela, sem dúvida!…

Basta olhar para o seu sorriso sardónico, qual Gioconda esloveno-americana.

Esta manhã, soubemos que Trump e Melania estão infectados pelo Sars-Cov-2.

Foi uma surpresa, na medida em que Trump se porta sempre tão bem, anda sempre com aquela máscara de palhaço e, graças ao tempo que passa no solário, deveria matar todos os vírus que o atacassem.

Além disso, ainda ontem teve um desempenho agressivo no primeiro debate contra Biden; não parecia estar com nenhum sintoma de Covid, apenas com os sintomas habituais de brutalidade e de radicalismo de Direita, mas isso, são doenças conhecidas há muito tempo.

Sabe-se agora que Melania, sabendo que havia uma assessora do marido infectada com o coronavírus, beijou-a e abraçou-a longamente, com a única intenção de, também ela, ficar infectada ““ o que conseguiu.

Depois, avançou para a parte mais difícil do plano: encostar-se ao marido durante o tempo suficiente para lhe passar o vírus.

Agora, estão ambos em quarentena, na Casa Branca, mas em alas diferentes.

Claro que estas informações são absolutamente fidedignas e foram fornecidas por fontes bem colocadas em Washington.

Essas mesmas fontes também nos garantiram que Joe Biden, afinal, é um super-herói disfarçado, com alguns superpoderes interessantes, como visão de raio xis e capacidade para atravessar paredes de betão.

É por estas e por outras que a América continua a ser o líder do Mundo Livre!…

Dear Obama

E o Obama lá ganhou as eleições norte-americanas!

Onde isto já chegou: um negro na Casa Branca! Qualquer dia, temos um cigano em Belém!

Confesso que também me entusiasmei com a vitória do Obama. Em primeiro lugar porque, se fosse norte-americano, votaria sempre nos democratas; em segundo lugar, pelo facto de Obama ser negro e nós (e sabeis a quem me refiro…) torcemos sempre pelos teoricamente “mais fracos”.

No entanto, não sejamos assim tão ingénuos: a diferença entre democratas e republicanos notar-se-á muito, no que í  política externa dos EUA diz respeito?

O que fará Obama, que McCain não faria?

Desvia a guerra do Iraque para o Afeganistão? Acaba de vez com o apoio incondicional a Israel? Passa a considerar a Europa um parceiro de igual estatura, sem a menorizar?

E internamente, terá coragem para criar, finalmente, um Serviço Nacional de Saúde, que acabe, de vez com a vergonha de os Estados Unidos terem, em algumas áreas, índices de saúde medíocres?

A taxa de mortalidade infantil, por exemplo: nos EUA é de 6,3 mortes por mil nascimentos, enquanto em Portugal é de 4,8.

A expectativa criada em redor de Obama foi enorme, mas se o gajo começar armado em Chefe do Mundo, nunca mais voto nele!