Segundo a badana, “As Coisas”, romance de estreia de Georges Perec (1936-1982), tornou-se um “clássico da literatura contemporânea.”
Pode ser que sim, mas é um romance demasiado datado e muito localizado em França e numa certa juventude francesa dos anos 60 – que nada terá a ver com a portuguesa dessa época, por exemplo.
Os protagonistas são Sylvie e Jerôme, dois jovens que desistem dos estudos e se dedicam a fazer inquéritos para empresas de publicidade, actividade muito em voga naquela época (em Portugal, um pouco mais tarde, penso).
Apesar de viveram com pouco dinheiro, o grande objectivo da sua vida era tornarem-se ricos e adquirir coisas – daí o título do livro.
Incapazes de conseguirem os seus objectivos em Paris, decidem partir para a Tunísia, que foi um protectorado francês até 1956. Aí, numa cidade triste, Sylvie foi professora e Jerôme não fez nada. Acabaram por regressar a Paris, sem terem conseguido enriquecer.
Apenas interessante.