Palavras para quê?
É o Benfica, pá!
http://www.guardian.co.uk/football/video/2013/apr/22/benfica-amazing-team-goal-video
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Palavras para quê?
É o Benfica, pá!
http://www.guardian.co.uk/football/video/2013/apr/22/benfica-amazing-team-goal-video
A partir de agora, passa a ser assim, no Campeonato: 1 ponto por cada golo.
O Benfica marcou 70 golos – tem 70 pontos.
Ora, como cada vitória só vale 3 pontos, o Benfica tem que marcar 9 golos ao Olhanense, ao Porto e ao Rio Ave.
A divisão dos golos por cada uma destas três equipas, é lá com eles.
Mas eu não me importava nada que o Benfica só marcasse 2 golitos ao Olhanense e outros dois ao Rio Ave, não acham?
Ficou combinado que, neste Benfica-Sporting, só marcariam golos aos lagartos os jogadores encarnados com as seguintes características:
– Que falassem espanhol
– Que tivessem nascido a sul do Equador
– Que tivessem orelhas de tamanho normal
Esta decisão teve a ver com o facto de todos os jogadores do Benfica quererem marcar um golo ao Sporting, o que iria dar uma embrulhada das antigas: por um lado, seria um engarrafamento í entrada da grande área dos lagartos, tudo a querer rematar í baliza; por outro, teríamos uma goleada que punha a cabeça do Costinha a prémio – e nós ainda temos muito para gozar com o Costinha como director desportivo de Alvalade…
Portanto, vistos os actos e ponderados os factos, só o Cardozo, que nasceu no Paraguai e o Aimar, que é argentino, cumpriam aquelas condições – e foram eles que marcaram golo.
O Javi ainda tentou, mas todos lhe disseram: ok, tu falas espanhol, mas nasceste bem a norte do equador; não podes marcar.
Quanto ao Di Maria, com aquelas orelhas í Dumbo, nem tentou.
O Máxi e o Saviola reuniam as condições para meter a bola no fundo da baliza do Sporting, mas o uruguaio estava castigado e o argentino, lesionado e não puderam jogar.
E foi por isso que o Sporting, ontem, só perdeu por 2-0.
Estas paragens no Campeonato Nacional são benéficas para as equipas que, graças aos jogos de treino, têm assim possibilidade de pí´r em prática as jogadas ensaiadas.
Ontem, aquele jogo-treino do Benfica contra aqueles rapazes equipados de azul-e-branco (não me ocorre, agora, o nome da equipa), foi um bom exemplo disso mesmo.
Jesus teve a hipótese de ensaiar novos arranjos na equipa, meter o Airton e o Kardek, dispensando o Javi Garcia e o Cardoso e, tranquilamente, experimentar alternativas.
E ainda se marcaram três golitos!
Bom treino, não há dúvida!…
Ontem, o Cardozo não conseguiu marcar nenhum dos 4 golos com que o Benfica brindou o Leixões…
Em compensação, o Di Maria marcou 3 – o que corresponde a metade de todos os golos que o Liedson marcou em todo o campeonato…
Mas o Cardozo preocupa-me: continua com 17 golos e o Sporting já vai com 20!
Quando Jesus está zangado, mal vai o reino dos céus!
Há quem diga que ele arrasta móveis, atira com cadeiras, parte mesas e armários e assim desencadeia trovoadas.
Mas não é verdade!
As trovoadas são um fenómeno atmosférico e Jesus não tem nada a ver com isso.
Quando Jesus está zangado, o que ele faz é lançar sobre os que não seguem a sua Palavra, os anjos demolidores: Cardozo, Di Maria, Saviola, Aimar, Ramires, Coentrão e até um, já velhote, do tempo do Antigo Testamento, chamado Nuno Gomes.
No outro dia, só porque um filho do Demo, que veio da Madeira, o criticou por mastigar pastilha elástica com a boca aberta, Jesus afinfou-lhe com 6 pragas.
E já atirou com 8 sobre o Setúbal, 4 sobre o Belenenses, 5 sobre o Leixões e outros 5 sobre o Everton, que nem sequer é desta religião.
Jesus é implacável.
É por isso que todos nos temos que portar muito bem, incluindo o Braga, já no próximo sábado, senão, já sabe, arrisca-se a levar com mais meia-dúzia de pragas.
Hoje sinto-me de barriga cheia: não só entrei de férias (curtas, mas férias), como ontem vi o meu Benfica marcar 8 golos ao Vitória de Setúbal.
E sublinho “meu” porque há muito tempo que não sentia a equipa do Benfica como minha.
Tiro o chapéu ao Jorjus (é assim que os adeptos e alguns jornalistas chamam ao Jorge Jesus, com a dificuldade que têm em articular português correctamente, aliás, como o próprio treinador do Benfica, mas tudo bem – o futebol é assim mesmo, ou não é?…).
Ontem í noite senti-me recuar uns anos largos, para os tempos em que o Benfica proporcionava abadas í maior parte dos seus adversários.
E até os comentadores televisivos pareciam ter recuado, também eles, algumas décadas, já que ouvi um deles dizer que o Setúbal marcava o seu “ponto de honra”, enquanto o outro chamava ao Cardoso, “avançado de centro”!
Há que tempos que não ouvia ninguém chamar avançado de centro ao ponta de lança!…
Avançados de centro eram o Rui íguas e o Torres. Alguém se lembra de os ver jogar?…
Enfim, estou a ficar velho!…
Mas vale a pena envelhecer a ver este Benfica a jogar!
Para que fique registado: a goleada começou com uma cabeçada do espanhol Javi Garcia, depois de um canto. A seguir, Aimar marcou um livre e o brasileiro Luisão marcou o segundo, também de cabeça. O terceiro foi para o Cardoso, de penalti. O quarto foi uma obra de arte do argentino Aimar. O quinto foi do brasileiro Ramires, a melhor aquisição do Benfica nos últimos anos.
Depois do intervalo, o paraguaio Cardoso marcou o sexto e o sétimo e, finalmente, veio o golo português: passe do César Peixoto, cruzamento de Fábio Coentrão e cabeçada de Nuno Gomes – í avançado de centro!
Não sou católico, mas tenho que agradecer ao Jesus!…
(A foto foi tirada no dia do Benfica-Marítimo)
Sempre me insurgi com a tradução para português dos títulos de muitos filmes.
Por exemplo: porquê chamar “Os Amigos de Alex”, a um filme que se chama, de facto, “O Grande Calafrio” (“The Big Chill”).
Mas há boas adaptações.
Por exemplo: “Dirty Dozen”, em vez de ter sido traduzido para “A Dúzia Porcalhona”, ficou “Os Doze Indomáveis Patifes”, e ficou muito bem.
Ora, 12 indomáveis patifes foi o que aconteceu ao Sporting, na Liga dos Campeões. Foram 12 golitos que levaram do Bayern, coitados…
Diz-se que í dúzia é mais barato mas, neste caso, o Sporting nem vendeu cara a derrota. Entregou-se.
Os lagartos pareciam lagartixas letárgicas.
E 12 golos é muito golo, em apenas dois jogos.
Claro que o Bayern teve ajudas: o Polga marcou na própria baliza, o guarda-redes leonino agarrou a cabeça de um defesa, em vez de agarrar a bola, vários jogadores com a camisola í s riscas, chutaram na atmosfera, com a bola a saltitar sobre a linha de golo.
Enfim, o Bayern não teve outro remédio senão marcar mesmo 12 golos!
Não faço ideia por que razão existe um substantivo próprio para designar a quantidade “doze”.
Que eu me lembre, só existe um outro substantivo semelhante e que é “grosa”. Ora, uma grosa corresponde a 144, isto é doze dúzias. Lá está a dúzia a funcionar.
Convenhamos que, para o Sporting, estas considerações têm pouco importância. Levou aquilo a que se chama uma abada e, para o caso, tanto faz que se diga que foram 12 golos ou uma dúzia de golos.
Doze!
É dose!
PS – dormi tão bem esta noite (provocação)…
Uma gastroenterite é o que lhe desejo.
Odontalgias para si para todos os seus.
Um Ano Novo cheio de parestesias.
Nota: Pedro Henriques é aquele árbitro com um corte de cabelo duvidoso, que anulou um golo limpo ao Benfica, ontem, contra o Nacional.
Eu tive um sonho: o Benfica ia í Madeira e ganhava 6-0 ao Marítimo.
A última vez que eu vi o Benfica dar uma cabazada foi há 3 anos, quando ganhou, na Luz, 7-0 ao Paços de Ferreira.
Goleadas fora, só no século passado. Foram 7-1 ao Olhanense, no ano em que nasceu o meu filho, há 35 anos e 9-0 ao Beira-Mar, em 1966.
Por isso, goleadas, hoje em dia, só em sonhos.
Então, o sonho era assim:
O primeiro golo era do Reyes, de penalti. Depois, na sequência de um canto, Katsouranis desviava ao primeiro poste e Suazo marcava, ao segundo. Também na sequência de um canto, Luisão encostava o pé na bola e fazia o terceiro. Mais tarde, de fora da área, Suazo rematava í Eusébio e marcava o quarto. Para acabar, Nuno Gomes marcava dois: o quinto, a passe de Balboa e o sexto, a passe de David Luiz.
Foi um sonho tão agradável que decidi não acordar, por enquanto…