Entrou no gabinete exalando um intenso cheiro a álcool, apesar de pouco passar das 9 da manhã.
Sentou-se e sorriu, mostrando um magnífico conjunto de dentes partidos .
“Estou cheio de comichão!” – exclamou, coçando os braços escanzelados.
“Que raio será isto?” – perguntou, apontando para as pequenas lesões eritematosas de ambos os braços e para as extensas lesões de coceira.
Sem deixar que eu respondesse, acrescentou:
“Infecção não deve ser! Quando estive na tropa, levei aquela injecção contra a malásia!”
Eu já tinha ouvido atribuir a essa mítica injecção administrada na tropa, toda a espécie de vícios e virtudes – mas foi a primeira vez que ouvi alguém dizer que ela também prevenia contra a infecção por um país asiático…