Este foi o 21º livro de Philip Roth (1933-2018) que li.
Se tivesse começado a leitura da obra deste autor norte-americano por este livro, provavelmente, pensaria que não era uma escrita muito interessante. Este The Professor of Desire (edição D. Quixote do ano passado, com tradução de Francisco Agarez) não é, certamente, o livro mais interessante de Philip Roth e, talvez por isso, a D. Quixote, que tem editado toda a obra de Roth, foi deixando para mais tarde este volume.
No entanto, para quem conhece bem a obra deste escritor judeu, O Professor do Desejo é mais do mesmo: neste livro, o narrador é, mais uma vez, um professor universitário judeu, neste caso, David Kepesh que, enquanto estudante, tentou conquistar todo o rabo de saia e, posteriormente, viveu aventuras sexuais intensas, mas sempre pouco satisfatórias.
Mais tarde, casou com uma gentia, com quem teve um relacionamento intenso e doentio. Divorciado, viveu momentos de depressão recorreu í terapia psicanalítica e acabou por conhecer uma jovem professora do ensino básico e com ela viveu momentos de felicidade e tranquilidade. Seria isso suficiente para este professor, incapaz de se sentir totalmente satisfeito?
Para além destas aventuras e desventuras, os anseios, medos e sonhos da comunidade judaica a viver nos Estados Unidos, está sempre presente como pano de fundo.
Recomendo a leitura, para quem gosta de Philip Roth.
Outras obras de Philip Roth: O Caso Shylock (1993), Quando ela Era Boa (1966); Lição de Anatomia (1983); Os Factos (1988); Engano (1990); Goodbye Columbus (1959); Nemesis (2010); A Humilhação (2009); O Complexo de Portnoy (1969); Indignação (2008); O Fantasma Sai de Cena (2008); O Animal Moribundo (2001); Património (1991); Todo-o-Mundo (2006); Pastoral Americana (1997); A Conspiração Contra a América (2004); Casei Com Um Comunista (1998) e ainda O Teatro de Sabbath (1995), O Escritor Fantasma (1979) e A Mancha Humana (2000).