Vencedor do Prémio Goncourt para primeira obra, este romance de estreia de Laurent Binet é, de facto, inovador.
Inovador no modo como Binet nos conta a história, lutando constantemente contra a tentação de romanceá-la.
A chamada Operação Antropóide consistiu no plano para assassinar Reinhardt Heydrich, o chefe dos Serviços Secretos nazis, da Gestapo, o inventor da “solução final” para extermínio dos judeus.
Heydrich era conhecido como o “Himmlers Hirn heibst Heydrich” (o braço direito de Himmler – daí o título do livro).
Depois de muito planearem, dois pára-quedistas, um checo e outro eslovaco, conseguem matar o “carrasco de Praga” mas, depois de muitas mortes de inocentes, acabam também por ser apanhados e suicidam-se, juntamente com outros companheiros da resistência checa, depois de oito horas de cerco.
Claro que isto dava para escrever um daqueles romances de 600 páginas sobre a 2ª Guerra Mundial, mas Binet tenta descrever os factos de uma maneira quase jornalística e, quando a escrita lhe foge para o romance, autocritica-se imediatamente.
A 2ª Guerra Mundial é uma fonte inesgotável de histórias e não é fácil escrever mais um livro sobre esse tema, e escrevê-lo de forma diferente.
Gostei.