Depois do êxito de O País dos Outros, que venceu o Prémio Goncourt, a expectavia era grande em relação a este segundo volume da saga de Mathilde e Amine, uma alsaciana que se casou com um marroquino, indo viver para o norte de ífrica, enfrentando todas as grandes diferenças civilizacionais entre as suas raízes e as do seu marido marroquino.
Este segundo volume não me marcou tanto como o primeiro, talvez porque a escrita de Slimani já me fosse conhecida de outros livros, como em Canção Doce e No Jardim do Ogre.
Apesar disso, gostei bastante deste segundo volume da saga da família Belhaj. Acompanhamos o crescimento de Aicha, que se forma em Medicina e se casa com Mehdi, a emancipação de Selim, que, seguindo o movimento hippie, sai de casa e acaba nos Estados Unidos, país que Amine, seu pai, gostaria de ter conhecido.
Seguimos o envelhecimento de Mathilde, que engorda e aceita que Amine tenha amantes, mas que vai conseguindo algumas conquistas, como ter uma piscina na propriedade cada vez maior do seu marido.
Não há dúvida que Slimani escreveu uma obra épica e, com o aparecimento de novas personagens, como o marido de Aicha e a sua relação ambígua com o Poder do rei Hassan II, poderemos vir a ter um terceiro volume desta saga.