Estou a ler o Orçamento

O Teixeira dos Santos teve a amabilidade de me enviar, via e-mail, o Orçamento Geral do Estado para 2009.

Como me custa um pouco ler no monitor do computador, imprimi aquilo tudo e comecei a lê-lo ontem í  noite, na cama, antes de adormecer.

Não estou a gostar muito. Acho que o argumento cheira a “déjí  vu” e a história não é grande coisa. Tive uma insónia…

Um tipo da minha idade já leu tantos livros na vida que, para ficar preso, precisa de mais qualquer coisa – e convenhamos que este OGE para 2009 é mais do mesmo.

Enfim, tem aquela coisa dos 2,9% de aumento para Função Pública, que sempre é uma inovação. Mas é pouco.

Confesso que estava í  espera de uma coisa com mais fí´lego e, afinal, todo o OGE cabe numa simples “pen drive”. Ouvi dizer que até cabe no Magalhães! Ora, uma Orçamento que cabe num Magalhães não pode ser grande coisa, não é?

De qualquer modo, prometi ao Teixeira que lhe enviava, depois, as minhas opiniões e vou cumprir – só que ainda não arranjei tempo para ler aquilo tudo.

Mas posso já fazer uma sugestão: se ainda não publicaste o Orçamento, troca os números do aumento, ó Teixeira: põe lá 9,2% de aumento, em vez de 2,9.

Sempre cria mais suspense na história, não achas?

Magalhães e os Velhos do Restelo

No Macacos sem galho decorre uma acesa discussão a propósito do computador Magalhães e da e-escolinha (http://www.macacos.com/2008/09/23/viva-o-magalhaes/).

Parece que, afinal, a tecnologia de ponta que o Sócrates diz que o Magalhães tem, já não é tão de ponta assim – dizem os críticos. Um dos fulanos que participa na discussão diz esta coisa enigmática:

“O portatil que eu dava aos alunos seria um com 32 megas de ram, disco de 512 megas, grafica de 2 megas, o s.o. seria linux ou bsd. Não precisavam mais do que isto. Queriam fazer processamento de texto, usavam latex, queriam fazer graficos usavam o gnuplot, queriam usar a calculadora ou abriam a shell de alguma liguagem interpretada ou então xcalc. Navegar na net era o lynx (caso precisasem de algo grafico que usem o “…links -g””). Querem fazer desenhos? usem papel e lapis (ou então o xfig que é poderosissimo)! Assim tornavam-se homemzinhos!”

Eu e 98% dos miúdos do ensino básico ficamos de boca aberta! Então, os putos podiam ter um sistema operativo linux, ou mesmo bsd, e não têm?! Que é lá isso, ó Sócrates? Está a roubar aos nossos infantes a possibilidade de usarem o “gnuplot”, seja lá isso o que for?! (a propósito: “bsd” quererá dizer “bondage-sado-masok”?)

Primeiro-ministro da treta, é o que tu és!

Sinceramente, a mim, parece-me uma ideia estrangeira, esta, a de fornecer portáteis aos putos do ensino básico e secundário. Quando percebi que isso se estava a passar em Portugal, pensei, por momentos, que tinha mudado de país.

Claro que o Sócrates e todo o Governo se aproveita do Magalhães para fazer auto-propaganda. Eu faria o mesmo. Os gajos do PSD fariam o mesmo (os gajos do PC, BE e CDS não fariam o mesmo porque nunca terão hipótese de chegar ao Poder, caso contrário… fariam o mesmo…).

A ideia é óptima e merece aplausos, o nome do computador é bem esgalhado (Magalhães ou Magajanes é conhecido em todo o mundo) e só gajos com o espírito do Velho do Restelo é que podem estar contra uma coisa destas.