Sugestões para reduzir o défice

Aproveitando o espírito de Natal que me escorre pelas entranhas, decidi ajudar o Passos Coelho a reduzir o défice.

Cortaram-me 10% do ordenado, sacaram-me metade do subsídio de Natal e obrigaram-me a trabalhar na véspera de Natal sem ganhar mais um tostão.

Merecem a minha ajuda.

Lá vai:

– taxar  a 23% os pacotes de açúcar e/ou o adoçante que acompanha gratuitamente as bicas

– taxar a 23% os tremoços ou os amendoins que acompanham as imperiais

– criar uma licença para pendurar pais natais das varandas; digamos, 50 euros

– criar outra licença para aquelas luzes que piscam epilepticamente nas marquises; digamos, 100 euros

– multas efectivas para os donos de cães que ainda não apanham os cagalhões dos bichos e pí´r o Miguel Relvas a fiscalizar os passeios

– reactivar a licença de isqueiro e as coimas por beijos indecentes em locais público, bem como a saudosa coima quando alguém é apanhado com aquilo na mão ou com aquilo na boca

– multar o José Rodrigues dos Santos sempre que ele terminar o telejornal a piscar-me o olho

– multar o Mário Crespo sempre que aparece no écran, quando eu mudo, sem querer, para a Sic Notícias

– multar o Cardozo sempre que falhar um golo com a baliza aberta; digamos 10 mil euros, que o gajo pode pagar

– obrigar os deputados a reporem 10% do seu ordenado sempre que faltarem a uma sessão parlamentar

– obrigar o Paulo Portas a pagar as viagens do seu próprio bolso

– criar uma taxa para o uso dos elevadores dos edifícios públicos (subir escadas faz bem í  saúde)

– fazer com que todos os sanitários públicos passem a ser pagos (que mijem em casa!)

– criar uma taxa para se poder entrar num centro comercial, mesmo que não se vá lá comprar nada – aliás, se não comprar nada, paga o dobro

E acho que já chega de ideias.

É melhor não revelar as melhores, senão o Passos ainda me convida para o governo, para o lugar do Relvas, que vai ter muito trabalho a fiscalizar o cocó dos cães.