O título é provocador, porque esta Exposição, patente no Museu Nacional de Arte Antiga, não tem nada a ver com aquilo a que chamamos descobrimentos, mas sim, com as descobertas que os Museu fazem, ao estudar e analisar a fundo as obras dos seus acervos.
A interessante Exposição compõe-se de salas com designações bem significativas: Contemplar, Preservar-Estudar-Comunicar, Religar, Desvendar, Restaurar, Salvaguardar, Doar, Circular, Projectar e Rastrear.
Por exemplo, na sala Circular ficamos a saber que, na troca de peças para espaços expositivos em outros Museus, por esse mundo fora, descobrem-se, muitas vezes, coisas que não se sabiam sobre essas mesmas peças. Na sala Religar percebemos como peças adquiridas em diferentes locais e em diferentes épocas, acabam por fazer parte dos mesmos conjuntos, como é o caso de retábulos aparentemente dispersos e que, afinal, devem ser vistos como um todo.
Trata-se de uma Exposição muito bem conseguida e que nos tomou cerca de hora e meia.
Só tivemos tempo para ver a Capela das Albertas, a sala dos Presépios e a Exposição dos tecidos e, graças í intervenção de uma voluntária muito entusiasta, os desenhos que Durer fez antes de pintar o célebre São Jerónimo, que pertencem í Galeria Albertina, de Viena, e que estão agora em exposição no MNAA até Agosto.