Então, agora, a EDP = É Do Povo.
Do povo chinês.
Ou, melhor dizendo, do Partido do Povo chinês, o que não é a mesma coisa.
A partir de agora, temos que dizer Mao-Tsé, carregamos no interruptor, e Tung – faz-se luz!
O problema vai ser quando começarmos a receber facturas em mandarim.
Vamos ter que as levar í loja do chinês e pedir-lhe, por favor, que traduza.
E, ao mínimo atraso no pagamento da factura – cortam-nos a luz.
E, se protestarmos muito, arriscamos prisão domiciliária.
É a democracia popular em toda a sua plenitude.
Roupa, brinquedos, bandeiras nacionais, bijutaria, pais natais pendurados das janelas – e agora, luz chinesa.
Não há dúvida que Coelho tem razão: emigremos!