“Os Doentes do Dr. Garcia”, de Almudena Grandes (2017)

Almudena Grandes (Madrid, 1960), conhecida, sobretudo, pelo livro “…As Idades de Lulu”, lançou “…Os Doentes do Doutor Garcia” em 2017, e a Porto Editora editou-o agora, com tradução de Helena Pitta.

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Na capa, diz-se que se trata de “…um arrebatador romance de espionagem”, mas os espiões são apenas uma pequena parte desta história, que começa nos anos 30 do século XX e se prolonga atá ao final dos anos 70, com a acção a desenrolar-se em Madrid e Buenos Aires.

Pelo livro passam centenas de personagens; tantas que a autora se sentiu na obrigação de fazer uma lista. No final do livro, podemos consultar essa longa lista, verificando quais as personagens reais e quais a que Almudena Grandes inventou para construir a história.

São duas, as principais personagens: o Dr. Garcia e o seu amigo Manuel Benitez. São ambos republicanos e, depois de Franco assumir-se como ditador e depois de Hitler perder a guerra, envolvem-se numa rede que safa criminosos de guerra, enviando-os para a Argentina com identidades falsas. O objectivo dos dois amigos, é infiltrarem-se nessa rede e, depois, denunciá-la aos americanos, que andavam atrás dos nazis fugidos.

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Não foi fácil seguir esta história ao longo das suas mais de 700 páginas, sobretudo devido ao grande número de personagens que, ainda por cima, têm, por vezes, dois nomes, o verdadeiro e o falso…

No entanto, fiquei a conhecer um pouco mais da história da guerra civil espanhola, da colaboração dos falangistas com os nazis, de Péron com Franco e do modo como os norte-americanos acabaram por apoiar o ditador espanhol, já que ele era anti-Estaline.

A autora termina o romance com uma frase reveladora da sua posição política: “…Pela honra da República”.

Bolça Bolsonaro

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, continua a bolçar idiotices.

Para além do facto de ser boçal, falando aos solavancos, como quem cospe as palavras, profere alarvidades difíceis de acreditar.

Recentemente, quis comemorar a data que marca o início da ditadura militar no Brasil. Diz a criatura que país que esquece o seu passado, não tem futuro. Neste momento, o que muitos brasileiros gostariam era de esquecer o presente.

De visita a Israel, país que disse amar, Bolsonaro, que se afirma de Direita, afirmou que o nazismo de Hitler foi um movimento de esquerda! (conferir aqui).

Esta nova abordagem í  História Universal baseia-se em quê?

Simples: o homem diz que, como o Partido de Hitler se chamava Nacional Socialista, só podia ser de esquerda.

Do mesmo modo, Bolsonaro deve achar que o coelho da Páscoa, é uma espécie de coelho que põe ovos…