Ezequiel – um herói português

Em 1992, Ezequiel Lino era presidente da Câmara de Sesimbra, eleito pelo PCP.

No dia 5 de Março desse ano, decorria o cortejo carnavalesco daquela vila quando Ezequiel, ao volante de um Volvo, fez menção de percorrer uma determinada rua, que estava cortada ao trânsito pela GNR.

Um jovem cabo da GNR, Viriato de sua graça, barrou o caminho a Ezequiel, que lhe terá perguntado sabes quem sou eu?

Viriato não sabia e não deixou que Ezequiel passasse.

Vai daí, Ezequiel acelerou, levou Viriato pelo ar um par de metros e continuou o seu caminho, sem se preocupar com o estado de saúde do cabo, que teve que ser socorrido no hospital de Setúbal.

Passaram 18 anos e eis que a PSP de Oeiras decide rebocar o carro da filha de Ezequiel, que estava estacionado numa passadeira para peões.

Irado, Ezequiel – agora adjunto do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais – foi í  esquadra da PSP e, palavra puxa palavra, agrediu um agente com um pontapé, um empurrão e uma dentada!

Quer dizer, quando era do PCP, um  partido organizado e com uma longa história, Ezequiel agrediu a autoridade com um veículo automóvel.

Agora, que não passa de adjunto de um presidente que nenhum partido quer como candidato, tem que agredir a autoridade í  dentada!

The Wire – 4ª e 5ª séries

The Wire é uma das melhores séries de televisão de sempre. Parágrafo.

wire4Por razões maiores e por pormenores.

Pormenores:

1. O tema musical da série é a canção de Tom Waits, “Way Down in the Hole“, e só por isso já merecia aplausos. Mas fizeram mais: na primeira série, escutamos o próprio Waits a interpretar o tema e nas restantes 4 séries há outras tantas versões do mesmo.

2. A série não tem um herói, mas uma panóplia de pequenos anti-heróis; no fundo, é Baltimore, a cidade, a heroína da série.

3. Omar, o bandido negro, outsider, o personagem que mais se aproxima de um herói, não só é gay como acaba por ser assassinado por um puto enfezado de 10 ou 11 anos.

wire54. Cada série debruça-se sobre um sector da cidade: os bairros sociais, o porto de Baltimore, as escolas, o jornal Baltimore Sun, a Câmara Municipal.

E as grandes razões:

A série é óptima. O apartheid envergonhado que, de facto, existe nos EUA, a inevitabilidade da corrupção na política, o papel dos advogados como coadjuvantes dos criminosos, a importância de se ser “the king of the streets”, a gente respeitável que não se importa de viver í  conta do tráfico, a violência gratuita, os jornalistas oportunistas, o ensino caótico, etc, etc.

David Simon, ex-jornalista do Baltimore Sun foi o criador da série e, juntamente com Ed Burns, ex-polícia, é o responsável pela maior parte da notável escrita da série, que não fica nada a dever aos Sopranos, por exemplo.

Fiquei sem vontade nenhuma de conhecer Baltimore…

A polícia de rastos

Foto e legenda publicados hoje, no Diário de Notícias.

policiaderastosSerá que já é assim que os polícias fazem juramento de honra?

Ai Sócrates, Sócrates – deixaste os polícias de rastos!

(Espero que o Sócrates não leia este texto, caso contrário ainda sou capaz de levar electrochoques, como o director do Público, coitadinho!…)

The Shield – séries 4,5 e 6

E com estas três temporadas, de 2005 a 2007, termina a série que mais polícias corruptos a televisão mostrou, até hoje. Aliás, a frase que serve de subtítulo í  série é: “The road to justice is twisted”.

A série mantém a mesma realização “nervosa”, ao longo das seis temporadas, com uma câmara sempre em andamento, captando os intervenientes por trás de uma porta, por baixo de uma mesa, através da folhagem de um arbusto. Os principais intérpretes andam sempre num frenesim, entre a esquadra e os bairros sociais de Farmington; os bandidos são maus, mas os polícias ainda conseguem ser piores!

O “strike team” liderado por Vic Mackey (Michael Chiklis) tenta tudo para ocultar as trafulhices que foi fazendo ao longo dos anos, mas enterra-se cada vez mais.

shield4Na 4ª temporada, entra em cena Glenn Close, interpretando o papel de Monica Rawling, a nova chefe da esquadra de Farmington, substituindo David Aceveda, que se dedica í  política, e até parece que Vic Mackey tem uma nova oportunidade.

No entanto, Rawling acaba por ser posta em causa e é afastada, cedendo o lugar, finalmente, í  detective Claudette Wyms (C. C. H. Pounder) que, desde o início da série ansiava por dirigir a esquadra.

shield5Na 5ª temporada, surge o tenente Jon Kavanaugh (Forest Whitaker), encarregado de investigar as actividades do “strike team” e que, í s tantas, fica completamente obcecado pelo objectivo de prender Vic Mackey, acabando por actuar como ele, forjando provas.

É nesta temporada que Shane (Walton Goggins) não resistindo í  pressão da investigação, mata Curtis Lemansky,  o colega do “strike team”, receando que ele conte tudo a Kavanaugh.

shield6A 6ª temporada é a mais curta – aliás, é um desdobramento da 5ª temporada, decidida devido ao êxito da série ou í  greve dos argumentistas.

O “strike team” está resumido a Vic e a Ronnie Gardocki (David Rees Snell), cada vez mais entalados e Shane anda í  deriva, tentando orientar-se sozinho. Na esquadra, o detective Wagenbach (Jay Karnes), tenta fazer a diferença, mas acaba sempre por ser gozado pelos colegas, por ser tão ingénuo.

No final, Vic Mackey, no próprio dia que seria presente a uma Junta que o deveria expulsar da polícia, descobre documentos que comprometem juizes, políticos e outros “big shots” e mostra-os a Aceveda (Benito Martinez), pedindo o seu apoio.

O político e o polícia corruptos, condenados a entenderem-se…

The Wire – 2ª e 3ª série

Grande série, esta!

Coloco-a lado a lado com os Sopranos e quase que a ponho, até, um pouco í  frente.

O grande trunfo de The Wire, em relação aos Sopranos, por exemplo, tem a ver com o facto de não ter um Tony Soprano, isto é, de não ter uma personagem central, em redor da qual tudo funciona.

wire2The Wire tem dezenas de pequenas personagens, como na vida: McNulty, o polícia de origem irlandesa, muito dado a grandes bebedeiras, com uma vida pessoal “fucked up” e uma obsessão – apanhar Stringer Bell, o negro “drug dealer” que se quer transformar num “business man”, através do “real estate”; Avon Bakersdale, o gangster traficante, que não quer ser outra coisa senão gangster; Omar, o gangster solitário, homossexual assumido, duro, sem misericórdia, mas com um código ético muito próprio; Daniels, o líder do grupo especial que realiza as escutas, cheio de dúvidas acerca da profissão; os diversos membros da equipa, cada um com a sua história pessoal e a sua visão da vida e da profissão.

Enfim, a legião de pequenas personagens, quer do lado das autoridades, quer do lado dos “bandidos”, é tão vasta que se confunde com a realidade.

Por isso mesmo, The Wire me parece uma das séries mais conseguidas, porque mais próximas da vida real.

A 2ª temporada tem o porto de Baltimore como pano de fundo, com o sindicato dos estivadores e as suas ligações com o contrabando, liderado pelos gregos. Mas, como segunda história, continua o tráfico de droga, com Avon detido, mas Stringer Bell a dominar os negócios e a tentar modernizá-los, ligando-se a senadores e a outras pessoas “sérias”.

wire3Na 3ª temporada, um dos chefes da polícia farta-se de ser criticado por não conseguir baixar a taxa da criminalidade e decide, sem dar cavaco a ninguém, empurrar os traficantes e os consumidores para três bairros, deixando-os comprar e vender í  vontade e limpando o resto da cidade. Claro que a criminalidade baixa, mas a ideia não é muito bem aceite pelas restantes forças vivas da cidade. Entretanto, Daniels e a sua equipa continua o cerco a Bell, não o conseguindo apanhar porque Omar chega primeiro.

Cinco estrelas!

A bela vista de um bispo

A comunicação social está, mais uma vez, muito contente: houve alguns distúrbios no Bairro da Bela Vista, em Setúbal.

Em traços largos: um jovem habitante desse bairro, fazia parte de um gang que assaltou a caixa multibanco do Hospital Particular do Alvor. Durante a fuga, a polícia atingiu-o a tiro e o jovem morreu.

Depois do funeral, familiares e amigos do jovem, manifestaram-se contra a polícia e houve uma troca de pedras e outros mimos.

História habitual.

No entanto, logo as televisões enviaram repórteres para o local, que transmitiram, em directo, para os três telejornais. E, assim que se acendem os holofotes televisivos, há sempre aquela tendência para as vozes se elevarem.

Seguiram-se dois ou três carros incendiados, meia dúzia de tiros para o ar e a festa vai continuar durante mais alguns dias.

Aposto que a coisa acaba assim que a comunicação social desmobilizar e passar a outro assunto.

Claro que a tensão entre os habitantes deste, e de outros bairros sociais, e a polícia, existe sempre. Por definição.

Claro que alguns desses habitantes estão envolvidos em negócios ilícitos.

Claro que, por vezes, a polícia exagera.

Claro que todos os habitantes desses bairros, entrevistados pelas televisões, precisavam de arranjar os dentes.

Claro que a culpa de tudo isto é do Sócrates, que só arranja cheques-dentista para grávidas, idosos e crianças, deixando de fora meliantes, traficantes, e outros vencidos da vida.

Claro que a comunicação social rejubilaria com confrontos a sério, assim como aconteceu nos bairros da periferia de Paris, ou com os ocupas da Dinamarca, ou nas ruas de Atenas.

Mas nós somos um país de brandos costumes, mesmo nos bairros sociais.

Por isso me espantaram as declarações do bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, também conhecido por Bispo Vermelho, provavelmente porque tem a pele muito sensível ao sol.

A propósito dos confrontos no bairro da Bela Vista, que ele tem a obrigação de conhecer bem, disse o Sr. Bispo – e quando um bispo fala, os outros baixam as orelhas – que “o que eu receio, e tenho repetido muitas vezes, é que nestas situações possamos encontrar, num futuro próximo ou remoto, já uma fogueira preparada para incendiar o país”.

Simpático, o Sr. Bispo. E optimista. A polícia mata um tipo que está a assaltar uma caixa multibanco, os habitantes do bairro onde ele vive, revoltam-se e, em questão de segundos, o país está a arder.

E, se isto não acontecer agora, vai acontecer num “futuro próximo ou remoto”. Bispo dixit!

Gostava de saber o que andou o Sr. Bispo, durante 20 anos, a fazer em Setúbal. Não criou estruturas que apoiassem os jovens destes bairros problemáticos, ensinando-lhes o catecismo e todas as coisas boas que a religião católica tem para oferecer, como seja, por exemplo, a vida eterna – desde que não cometas um dos pecados mortais.

Ora, o próprio bispo afirma: “se não tiver pão, ou mato-me ou mato, porque sem comer não se pode viver”.

Ou mato-me ou mato, Sr. Bispo?

Então e aquela coisa do “não matarás”? E aquela outra “felizes os pobres, pois deles será o reino de Deus”?

Com bispos destes, temos os católicos que merecemos…

The Wire – 1ª série

wire1Há muito tempo na lista, só agora surgiu a oportunidade de ver a 1ª época desta série da HBO, criada por David Simon.

Sabendo que a série não tem muita publicidade e que os actores são pouco ou nada conhecidos, temo que admitir que The Wire é uma excelente surpresa.

A acção passa-se em Baltimore, nas zonas mais pobres dos bairros sociais, onde a droga impera. Um polícia, McNulty, está decidido a acabar com um bando de passadores de droga, todos afro-americanos, que não olham a  meios para passar os seus produtos.

McNulty consegue que os seus chefes criem uma pequena força policial que se vai dedicar, exclusivamente, a tentar apanhar Avon Barksdale e o seu bando.

Mas parece que a hierarquia está mais interessada em que McNulty falhe nos seus intentos, porque o dinheiro da droga pode levar a outros lados, nomeadamente ao financiamento de alguns senadores.

Se eu vivesse em Baltimore, sentiria vergonha ao ver esta série, pois parece que a maior parte dos polícias e procuradores públicos, ou são corruptos, ou incompetentes.

Não cedendo í  violência gratuita, nem aprofundando muito as vidas privadas das muitas personagens – apenas nos dando traços gerais, o que nos permite sermos nós a completar o desenho da personagem – The Wire é uma excelente série policial, que vale a pena seguir (parece que já vai na quinta e última época).

A cona da mãe

Dizem que Braga é a cidade dos arcebispos.

Só isso seria o suficiente para afastar o comum dos mortais dessa cidade.

Imaginem uma cidade só com tipos vestidos com aqueles fatos ridículos, uma espécie de saias até aos pés, com botões de cima a baixo, como se tivessem braguilhas gigantes, e todos sibilando os “ésses”, juntando as mãos, em prece, e sentando meninos no colo, fazendo cavalinho com os joelhos, numa atitude ameaçadoramente terna.

Sente-se, assim, uma espécie de asco, de nojo que nos vem do âmago.

Mas, felizmente, Braga é uma cidade bonita, com muita gente nova e a história dos bispos e arcebispos tem cada vez menos importância.

Senhores vestidos de negro, ou com naperons sobre os ombros e chapéus cónicos e ridículos, e segurando grandes cajados cravados de diamantes, têm cada vez menos influência numa sociedade moderna, evoluída, civilizada.

Ou não?

Então nao é que, em Braga, numa feira do livro, a polícia apreendeu cinco exemplares de um livro, intitulado “Pornocracia”, que tinha esta figura na capa?

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Trata-se da reprodução de uma pintura, da autoria de Gustav Courbet, datada de 1866, e intitulada “A Origem do Mundo”.

Suponho que os polícias, ao verem a capa dos livros, tenham exclamado: “Mas esta é a cona da minha mãe!”

E toca a apreender o livro, não fossem as criancinhas que por ali andavam, mascaradas de homem-aranha, capuchinho vermelho ou bela adormecida, olhassem para a capa do livro e exclamassem: “í“ mamã! Olha aquela senhora com tantos pêlos no pipi! Parece mesmo a mãe do senhor polícia ou do senhor arcebispo de Braga!”

Não estou a insinuar que foram os bispos de Braga que obrigaram a PSP a ir í quela feira do livro apreender os livros com a reprodução da pintura de Courbet na capa.

Longe de mim imaginar que os bispos e os polícias têm algo contra a vagina – já que todos eles, todos sem excepção, tiveram uma mãezinha e, exceptuando os que nasceram de cesariana, todos sairam por aquele orifício, ali representado na pintura do francês, bem rodeado de pêlos.

Não foi por isso.

Também não acredito que quem decidiu a apreensão dos livros se tenha querido armar em agente da PIDE – que é uma coisa que cada vez menos pessoas se lembra do que foi e ainda bem!

Finalmente, não acredito que este gesto tenha algum significado especial, tipo “estamos a voltar ao antes do 25 de abril”, ou “cada vez há menos liberdade”, ou “o Sócrates é responsável por este clima de medo, que leva as autoridades a tomarem atitudes cada vez mais discricionárias”.

Nada disso.

O que se passou foi bem mais simples: alguns cidadãos bracarenses, altamente traumatizados por mães castradoras, não resistiram quando viram, na capa daqueles livros, a representação da cona da mãe deles.

E fizeram queixa í  polícia.

Os polícias, por sua vez, também não conseguiram resistir í  imagem da cona da mãe deles, e levaram os livros todos para a esquadra.

Algum espanto?

É este o poder da cona da mãe!

As vaginas e os crimes violentos

Notícia da agência Lusa, citada pelo Expresso de hoje:

“Duas jovens detidas em Lisboa pela polícia, escondiam na vagina 1500 euros e artigos de ouro e prata. A PSP suspeita que os artigos recuperados tenham origem criminosa. Após perseguição policial, foram detidas  encaminhadas para a esqudra, onde foram revistadas. O juiz determinou que as duas jovens se apresentem periodicamente na esquadra”.

Esta notícia tem a maior importância, se considerarmos a actual onda de criminalidade violenta.

Como toda a gente sabe, depois daqueles dois brasileiros assaltarem a agência do BES, a criminalidade aumentou muito, em Portugal. A partir daquele dia fatídico, todos os dias se registaram assaltos a bancos, a gasolineiras, a ourivesarias.

Os órgãos de comunicação social, de repente, perceberam que estávamos a viver num país perigosíssimo, onde toda a gente anda com uma pistola no bolso e desataram a noticiar todos os assaltos a cafés, lugares de fruta, capelistas, quisoques de jornais, caixas multibanco, caixas de esmolas, e tudo e tudo.

É assim que chegamos í  notícia da Lusa.

Analisemos:

As duas jovens escondiam na vagina 1500 euros. Pormenores, por favor! Os 1500 euros eram em notas de 500? Três notas de 500 cabem em qualquer vagina que se preze, caramba! Agora, se essa quantia era em moedas de 10 cêntimos, meninas! que vaginas, as vossas!

Além dos 1500 euros, as meninas também levavam nas vaginas, artigos de ouro e prata. Mais uma vez: pormenores! Que objectos? Brincos e anéis? Nada de especial. Uma caravela de filigrana e uma baixela de prata? Meninas, que vaginas!

Adiante.

“A PSP suspeita que os artigos recuperados tenham origem criminosa”. É uma questão de bom senso. Nenhuma menina bem comportada enfia artigos de ouro e pratana respectiva vagina, a menos que sejam roubados. Não estou a ver, por exemplo, a Neusa Margarida a guardar os brincos na vagina, antes de dar um mergulho, na Costa da Caparica; mas estou a ver a Cátia Vanessa a roubar um par de brincos no Centro Comercial e ir a correr í  casa de banho e enfiá-los na vagina.

De qualquer modo, as moças foram apanhadas e levadas para a esquadra onde, supostamente, foram sujeitas a um exame ginecológico. Assim se descobriram os 1500 euros e os artigos em ouro e prata. Gostaria de saber como estaria dividido o dinheiro: 800 euros numa vagina e 700 na outra? Uma com mil e outra só com 500? Simples curiosidade…

Depois, as miúdas foram presentes ao juiz, que “determinou que se apresentem periodicamente na esquadra”.

Para quê? Para os polícias irem ver se ficou alguma coisa esquecida nas suas vaginas? Para que eles confirmem que aquilo de meter coisas na vagina foi uma loucura do momento ou se, afinal, é uma espécie de mania? Para que as moças passem a fazer exames ginecológicos de rotina, para prevenção do cancro do colo do útero?

Em resumo: a criminalidade violenta continua a aumentar em Portugal e este caso das duas meninas é bem a prova disso.

Não deve haver nada de mais violento do que enfiar 1500 euros na vagina!…