Cavaco tem a honra de ser o único presidente post-25 de Abril que sai de cena com avaliação negativa por parte dos eleitores.
Eanes, Soares e Sampaio saíram em alta e podem, ainda hoje, gozar do respeito por parte da maioria dos seus concidadãos.
Cavaco não.
Vai-se retirar para Boliqueime e limitar-se a gerir o negócio da gasolineira que herdou do pai.
E continua a fazer borrada atrás de borrada.
Agora, decidiu condecorar ex-ministros.
A lista é longa: Vitor Gaspar, Bagão Félix, ílvaro Santos Pereira, Luís Campos e Cunha, Paulo Macedo, Maria de Lurdes Rodrigues, Nuno Crato e Rui Pereira.
Por um lado, alguns destes ministros ainda podem muito bem vir a ficar em prisão preventiva por algum negócio que possam ter tido com o Veiga, com o Salgado ou com o Sócrates.
E por outro, pergunto: qual o critério para condecorar um ministro que esteve escassos quatro meses no activo e que se demitiu rapidamente?
Falo do Campos e Cunha, primeiro ministro das Finanças do Sócrates.
É que a Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique é atribuída pelo “espírito patriótico e de serviço” no desempenho das suas funções.
Quatro meses como ministro demonstra espírito patriótico e de serviço?
í“ Cavaco, então condecora-me a mim, que sou médico do SNS há 39 anos, porra!