Fim-de-semana para revisitas.
Que diferença, em relação aos anos 80! Estradas óptimas, terras cuidadas, vilas e cidades preservadas. Os portugueses dizem mal de quê? Deles próprios, claro.
As curvas e contra-curvas do Luso já não fazem vomitar ninguém.
O Hotel do Buçaco foi, em tempos, um extravagante pavilhão de caça do rei D. Carlos. É uma mistura de estilo manuelino com muitos rodriguinhos. Pergunto-me quantas vezes terá lá ficado D. Carlos. Depois, admiraram-se quando a República chegou, de repente…
O Hospital de S. Teotónio, em Viseu, foi transformado em Pousada. Projecto de Gonçalo Byrne. Aprovado.
Viseu não se visita numa tarde. Mas pode-se tentar. O Parque Aquilino Ribeiro, a cava do Viriato, a imprescindível Rua Direita, que mantém comércio que já não se vê.
Almoço competente na Casa dos Queijos: arroz de feijão com tiras. Saboroso.
A fachada da Sé de Viseu é do século 17, mas antes, já aqui terá existido uma fortaleza romana. O granito domina.
Lamego não se visita numa manhã. Mas pode-se tentar. A torre de menagem, erguendo-se no casario. Nossa Senhora dos Remédios, uma espécie de Bom Jesus mais modesta. As bí´las, claro.
A fachada da Sé de Lamego, c0m alterações dos séculos 16 e 18, parece estar a esboroar-se.
O castelo de Penedono é do século 12 e é a definição da palavra “medieval”. Pode-se andar lá por dentro e subir í s torres. Em frente, o pelourinho. Em redor, as casas de granito, recuperadas. Uma aldeia medieval recriada.
A estalagem oferece, para almoço, filetes de polvo com migas de feijão frade. Excelente!
Ao fim da tarde, Sernancelhe. A igreja matriz também é do século 12. Mais granito.
Em todas estas vilas e cidades, o dinheiro dos contribuintes foi bem gasto pelo chamado Poder Local.