Reinaldo Serrano é aquele repórter da SIC com uma obesidade que o integra na lista de prioridades para ser vacinado contra o H1N1 e que possui, também, um bigode que já ninguém usa, a não ser ele.
Vejo-o de vez em quando, nos telejornais da Sic, sobretudo na altura das eleições.
Vi-o, há uns anos, a levar uns encontrões valentes, durante uma “arruada” qualquer. Quase submerso pelos manifestantes, agarrava o microfone como se fosse uma bóia de salvação e ia debitando informações, enquanto submergia.
Tenho reparado nele, de quando em vez e, nestas três campanhas eleitorais, com mais insistência.
Nas autárquicas, foi destacado para seguir a campanha do PS. Cada reportagem sua é um poema falhado – falhado porque quer parecer um poema, mas é apenas um texto cheio de lugares comuns e jogos de palavras. Como uma redacção de um daqueles putos bons a português, que ganham prémios no Liceu e cujos pais dizem: “o meu filho, quando crescer, há-de ser escritor”.
E, depois, não passam de repórteres da Sic…
Um exemplo: “O quarto poder é um quarto. Com vista sobre a cidade que já não o é; sobre as ruas que já o foram; sobre as casas que deixaram de o ser.”
Lindo, não é?…
O problema é que Serrano escreve este tipo de texto quer seja sobre a importância da comunicação social (o quarto poder), quer seja sobre uma arruada do PS no Cacém. O tom é sempre o mesmo…
Ontem, Reinaldo Serrano tentou perguntar a Mário Soares, o que é que ele achava do facto de Helena Roseta concorrer com António Costa.
O octogenário Soares começou por se espantar: “Você por aqui, outra vez? Não esteve comigo esta manhã? Ah, foi ontem, no Cacém!… Então, diga lá…”
E Reinaldo fez as perguntas.
E Soares mandou-o passear: “Você diga lá a quem o manda fazer essas perguntas que não me obriga a dizer o que você quer que eu diga!…”
Tudo com bonomia, tudo muito civilizado.
E Serrano, igualmente bochechas, sorrindo também, encaixou e foi entrevistar Almeida Santos.
Ganda Serrano!
Quanto ao Pelicano – é o operador de imagem. Não tem culpa nenhuma disto. Apenas aparece no título deste texto do mesmo modo como Serrano escreve os textos – por associação: Serrano & Pelicano…