Há países que, sinceramente, não se entendem.
A Suíça é um deles.
Alguém sabe, de facto, o que é um suíço?
Será um italiano, um francês, um alemão?
Ou será um dos milhares de emigrantes de diferentes nacionalidades?
E depois, a Suíça está-se borrifando para os outros: mantém-se neutral, acolhe dinheiros espúrios em contas secretas, inventou os relógios a sério, tem vacas e chocolates e uma bandeira bonita.
E tem os referendos.
No passado fim de semana, 66,5% dos participantes num referendo, votaram contra a introdução de seis semanas de férias pagas para todos os trabalhadores!
Meditem nisto: enquanto por cá, o governo nos corta feriados e dias de férias, os suíços rejeitam seis semaninhas de férias!
Mas o referendo deste fim de semana tomou outras decisões, nomeadamente, a de limitar a 20% o número de residências de férias em estâncias de inverno!
E mais: em Zurique, os suíços decidiram aprovar a criação de um drive-in para prostitutas. Com o objectivo de retirar a prostituição do centro da cidade, os votantes decidiram aprovar a construção de um complexo, nos arredores da cidade, onde os cidadãos poderão procurar os prazeres da luxúria, sem incomodarem o resto da malta.
Por cá, os referendos têm pouco impacto, e é pena.
Assim, de repente, ocorrem-me meia dúzia de referendos urgentes, que deveríamos realizar já!
O primeiro dos quais, rezaria assim: «Está de acordo que o Presidente Cavaco se mantenha calado até ao fim do seu mandato?»
SIM!