O referendo grego

O problema central não é o primeiro-ministro grego ter decidido fazer um referendo, mas sim que pergunta fazer nesse referendo.

Papandreu (pronuncia-se mais ou menos assim, mas escreve-se de maneira muito diferente) diz que o referendo não é sobre o euro, mas sim sobre as medidas de austeridade.

Mas também há a possibilidade de Papandreu desistir do referendo, a favor da formação de um governo de coligação entre os socialistas e o partido í  sua direita.

Nesse caso, Papandreu cederia o seu lugar a Papadamus (não tenho bem a certeza se é assim que se pronuncia…)

Fica claro que o problema grego é uma questão de Papas.

Por cá, o nosso Papa-Açorda anda a reboque, ora dizendo que não é preciso renegociar com a troika, ora afirmando que são precisos ajustamentos…

Voltando ao referendo e í  sua pergunta.

Poderá ser, simplesmente: «deve a Grécia manter-se no euro ou deve voltar ao dracma?»

Ou ainda: «deve a Grécia aceitar as medidas impostas pela troika ou deve fazer-lhes um manguito?»

Ou talvez: «deve a Grécia manter-se na Europa ou passar-se para a ísia, que fica já aqui ao lado?»

Ou, finalmente: «deve a Grécia pedir a extradição de Duarte Lima, conceder-lhe a cidadania e nomeá-lo primeiro-ministro e, depois, sair do euro?»

Eu votaria nesta última pergunta.

Troikices

* Se o deixassem, Jerónimo de Sousa aumentava os salários e as reformas, diminuía a idade da aposentação, corria com os banqueiros, taxava as acções, bombardeava as off-shores e diminuía os impostos. Depois, não nos bastava uma Troika – seria preciso uma Perestroika!”

* E não podemos pagar o empréstimo entregando a Madeira í  Troika, com o Alberto João lá dentro, claro?

* O PSD influenciou positivamente as negociações com a Troika. Usaram os poderes telepáticos do grande Eduardo Catroika!

* Teixeira dos Santos foi o grande obreiro da negociação com a Troika. Como ontem, durante a comunicação do Sócrates. Entrou mudo e saiu calado. E numa negociação destas, o calado é o melhor…

* Portas sabe assumir personagens: um irrequieto deputado da Oposição, um austero e digno ministro da Defesa, um aguerrido deputado da Oposição, um candidato a primeiro-ministro. Uma verdadeira colecção de cromos. Mas nós já vimos estes filmes. As personagens são repetidas. São cromos para Troika…

* Um político que era contra a vinda do FMI e que, agora, o recebe de braços abertos, é um Troika-tintas!

* Nada de confusões: Louçã já há muito tempo que deixou de ser Troitksista!