Vagina má, vagina boa

A artista plástica japonesa Megumi Igarashi conseguiu, através do crowdfunding, realizar um projecto ousado. Fotografou a sua
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vagina e enviou o resultado, por mail, para os seus financiadores, de modo a que possam fazer uma impressão em 3 D do seu pipi.

Do mesmo modo, utilizou o molde para fazer um caiaque com a forma da sua vagina, a que chamou Pussy Boat.

Na foto, vemos a artista a posar para a câmara fotográfica, em cima, o molde da sua vagina, í  esquerda e, em baixo, ela dentro da vagina, ou melhor, dentro do caiaque em forma de vagina.

Foi presa no passado fim de semana.

As autoridades japonesas acusaram-na de infringir as leis da obscenidade e pode vir a ser condenada a dois anos de prisão.

Olhando bem para a foto, temos que concordar que o caiaque da japonesa parece-se com tudo, menos com uma vagina e a foto do molde da dita parece ter o clítoris em baixo – a menos que seja assim nas japonesas…

fontesMas se a vagina de Igarashi pode ser considerada má, porque levou a sua dona í  prisão, já a vagina da Erica Fontes, só pode ser boa.

Erica é uma portuguesinha assim para o escanzelado que, certo dia, respondeu a um anúncio para entrar num filme porno, “por brincadeira”, segundo ela conta.

Desde então, foi um ver se te avias, filme atrás de filme – e digo atrás com propriedade…

A fama de Erica chegou aos States e este ano ganhou um prémio pela melhor artista porno estrangeira.

Observando as as posições que a Erica adopta nos seus inúmeros filmes, temos que concordar que ela é, também, í  sua maneira, uma artista plástica, como Igarashi.

E, no entanto, em vez de ser presa, Erica ganha prémios!

Se calhar, é porque tem o clítoris no sítio certo…

As vaginas e os crimes violentos

Notícia da agência Lusa, citada pelo Expresso de hoje:

“Duas jovens detidas em Lisboa pela polícia, escondiam na vagina 1500 euros e artigos de ouro e prata. A PSP suspeita que os artigos recuperados tenham origem criminosa. Após perseguição policial, foram detidas  encaminhadas para a esqudra, onde foram revistadas. O juiz determinou que as duas jovens se apresentem periodicamente na esquadra”.

Esta notícia tem a maior importância, se considerarmos a actual onda de criminalidade violenta.

Como toda a gente sabe, depois daqueles dois brasileiros assaltarem a agência do BES, a criminalidade aumentou muito, em Portugal. A partir daquele dia fatídico, todos os dias se registaram assaltos a bancos, a gasolineiras, a ourivesarias.

Os órgãos de comunicação social, de repente, perceberam que estávamos a viver num país perigosíssimo, onde toda a gente anda com uma pistola no bolso e desataram a noticiar todos os assaltos a cafés, lugares de fruta, capelistas, quisoques de jornais, caixas multibanco, caixas de esmolas, e tudo e tudo.

É assim que chegamos í  notícia da Lusa.

Analisemos:

As duas jovens escondiam na vagina 1500 euros. Pormenores, por favor! Os 1500 euros eram em notas de 500? Três notas de 500 cabem em qualquer vagina que se preze, caramba! Agora, se essa quantia era em moedas de 10 cêntimos, meninas! que vaginas, as vossas!

Além dos 1500 euros, as meninas também levavam nas vaginas, artigos de ouro e prata. Mais uma vez: pormenores! Que objectos? Brincos e anéis? Nada de especial. Uma caravela de filigrana e uma baixela de prata? Meninas, que vaginas!

Adiante.

“A PSP suspeita que os artigos recuperados tenham origem criminosa”. É uma questão de bom senso. Nenhuma menina bem comportada enfia artigos de ouro e pratana respectiva vagina, a menos que sejam roubados. Não estou a ver, por exemplo, a Neusa Margarida a guardar os brincos na vagina, antes de dar um mergulho, na Costa da Caparica; mas estou a ver a Cátia Vanessa a roubar um par de brincos no Centro Comercial e ir a correr í  casa de banho e enfiá-los na vagina.

De qualquer modo, as moças foram apanhadas e levadas para a esquadra onde, supostamente, foram sujeitas a um exame ginecológico. Assim se descobriram os 1500 euros e os artigos em ouro e prata. Gostaria de saber como estaria dividido o dinheiro: 800 euros numa vagina e 700 na outra? Uma com mil e outra só com 500? Simples curiosidade…

Depois, as miúdas foram presentes ao juiz, que “determinou que se apresentem periodicamente na esquadra”.

Para quê? Para os polícias irem ver se ficou alguma coisa esquecida nas suas vaginas? Para que eles confirmem que aquilo de meter coisas na vagina foi uma loucura do momento ou se, afinal, é uma espécie de mania? Para que as moças passem a fazer exames ginecológicos de rotina, para prevenção do cancro do colo do útero?

Em resumo: a criminalidade violenta continua a aumentar em Portugal e este caso das duas meninas é bem a prova disso.

Não deve haver nada de mais violento do que enfiar 1500 euros na vagina!…