O azedo e reaccionário Vasco Pulido Valente não gosta de ninguém.
Detesta-se a si próprio.
Percebe-se isso pelo facto de, em todas as suas crónicas, ao longo de todos estes anos, não ser capaz de elogiar porra nenhuma.
Tudo o que aconteceu e acontece em Portugal é uma merda, o país é um lamaçal, os nossos políticos são todos uns cabrões, incluindo ele próprio, que também foi deputado e secretário de Estado.
Qualquer pequena conquista que o país faça é logo menosprezada por este intelectual pacóvio, porque é uma espécie de saloiice não perceber que, no meio de tanta porcaria, alguma coisa merece aplauso.
No fundo VPV é um snob saloio – não no sentido tradicional dos habitantes dos arredores de Lisboa, mas no sentido pejorativo atribuído aos saloios que não se actualizam, que continuam a viver no passado.
Vem tudo isto a propósito da última crónica do VPP, que não li, mas que vem citada no pasquim Sol, sobre a eleição de Guterres, e que diz isto:
“Agora que já acabou ou, pelo menos, se atenuou a campanha patriótica para a canonização de Guterres, talvez se possa olhar para ele com alguma tranquilidade e medida. Por acaso conheço a criatura. É um homem fraco, influenciável, indeciso e superficial. A crónica amnésia deste país fez desaparecer numa semana de glória o péssimo governo que dirigiu.”
Apetece dizer que, no que respeita a Pulido Valente, também conheço a criatura. Escreve crónicas medíocres há décadas, que agora saem naquela coisa chamada Observador, publica livros de História que ninguém lê e é um homem fraco, ao ponto de se ter casado duas vezes com a mesma mulher.
E invejoso, pelos visto…