De Palma é um realizador de excessos, usando e abusando de truques e tiques, mas quem vai ver um filme realizado por ele já sabe ao que vai.
Este “The Black Dahlia”, no entanto, fica muitos furos abaixo de outros filmes de De Palma. Pretende ser um filme feito í maneira dos antigos filmes da série B, com o herói narrando a acção, em voz off, e todas as cores em tons de sépia. No entanto, parece que De Palma se baralhou com a riqueza de pormenores da história de James Elroy e o filme acaba por ser um pouco confuso.
Tudo gira em redor do assassínio de uma jovem candidata a actriz, mas, í s tantas, um tipo já se perdeu no emaranhado de histórias laterais. Depois, nos últimos dez minutos da fita, tudo nos é revelado de um modo um pouco atabalhoado.
A fotografia, no entanto, é excelente e a reconstituição de Los Angeles do post-guerra também me pareceu correcta. No entanto, gostei muito mais de “LA Confidencial” (Curtis Hanson, 1997), outro filme cujo argumento se baseia num livro de Elroy.